▷ SCIENCE PLAY ▷ SCIENCE PLAY

Dieta Intermitente: Um Novo Modelo de Dieta

5ede7b69-22d3-4c51-8080-3bff9e6d6594

3 min

28 de jan. de 2023

Inúmeras estratégias utilizadas entre atletas para promover a redução do peso corporal ou da gordura corporal antes da competição são amplamente divulgadas. Dentre elas, existe a abordagem tradicional que trabalha com a restrição energética contínua. Esta é popularmente conhecida como déficit calórico durante toda a fase de perda de peso, podendo ter duração de de dias a semanas. Também existe o método pelo qual se trabalha a partir da restrição calórica intermitente (ou dieta intermitente). Esta envolve períodos alternados de restrição de energia com períodos de maior ingestão de energia. Neste último caso, cogita-se a promoção de perda de peso superior ao método tradicional, o que pode ser explicado devido a períodos de realimentação que causam restauração transitória do balanço de energia, uma espécie de estratégia que “dribla” o funcionamento fisiológico do metabolismo humano.  Alguns estudos indicam que períodos intermitentes de balanço energético durante a restrição energética atenuam algumas das respostas adaptativas que tendem a resistir à continuação da perda de peso e gordura. Além disso, promovem uma recuperação mais rápida e eficiente. No entanto, esse modelo de intervenção dietética deve ser alcançado por meio de estratégias nutricionais seguras e eficazes. Portanto, devem minimizar a perda de tecido magro, saúde e desempenho, além de traçar linhas que diminuam a dependência de práticas para perda de peso extremas e rápidas. Table of Contents Toggle Orientações Prática Clínica Referências Bibliográficas Orientações Não se deve usar a restrição calórica intermitente para perda de peso rápida. A restrição energética abrupta induz maiores perdas de massa magra (MM) do que a moderada, particularmente em atletas magros. Além disso, pode afetar adversamente os resultados de saúde e desempenho, incluindo força muscular reduzida, estoques de glicogênio diminuídos e aumento do risco de lesões devido à fadiga e perda de MM. Sendo assim, seria práticável para um atleta adotar um nível moderado de ER que vise perdas de peso corporal na faixa de 0,5 a 1% por semana. Ou até mesmo a redução da ingestão de energia em no máximo 35% em relação às suas necessidades energéticas totais. Além disso, recomenda-se alternar duas semanas de restrição moderada com duas semanas de ingestão normocalórica. No que se trata dos períodos de realimentação, pode-se sincronizar intervalos de ingestão normocalórica com períodos de treinamento focados em resultados ou de alto volume. Portanto, permite que o atleta tenha um desempenho ideal durante as sessões de treinamento. Dessa forma, faz-se necessário a alta ingestão de proteínas durante as restrições para minimizar a perda de MM bem como proporcionar maior saciedade e aumento do gasto de energia através do efeito térmico da alimentação. A faixa diária de ingestão de proteína recomendada é de 2,3 a 3,1 g/kg de massa corporal magra ou aproximadamente 2,0–2,6 g/kg de peso. No mais, pode-se enfatizar a ingestão de carboidratos durante as realimentações. Faz-se isso, pois níveis elevados de leptina após a ingestão de carboidratos causam efeitos estimulantes no gasto de energia, suprimindo o apetite. Dessa maneira, levando a uma maior eficiência na perda de gordura e adesão mais fácil à dieta. A maior disponibilidade de carboidratos durante os períodos de realimentação também resulta em eficientes respostas anabólicas quando em conjunto com o exercício de resistência. Prática Clínica Inicialmente, deve-se explorar vários padrões de restrição como, por exemplo, duração e nível de ingestão de energia para os períodos trabalhados, realimentação, proporções da restrição. Tudo isso, a fim de traçar com mais assertividade a realimentações e a manipulação de outras variáveis dietéticas: como distribuição de macronutrientes, micronutrientes e quais suplementações se encaixam conforme o alvo e características individuais de cada paciente.  Para os momentos em que se executa implementação de realimentação, é ideal trabalhar com alto teor de carboidratos e alta ingestão proteica nos períodos de restrição. Faz-se isso a fim de facilitar a manutenção de volumes de treinamento mais altos e aumentar a resposta anabólica após o treinamento de resistência nestes períodos. Dessa forma, reduzindo potencialmente as perdas de massa livre de gordura durante a restrição energética.  Referências Bibliográficas Sugestão de Leitura: Atletas com Melhor Desempenho: O Que Possuem no Cardápio? Assista ao vídeo na plataforma Science Play – Otimização da Digestão em Atletas para Melhora da Perfomance Artigo Dieta intermitente: Peos JJ, Norton LE, Helms ER, Galpin AJ, Fournier P. Intermittent Dieting: Theoretical Considerations for the Athlete. Sports (Basel). 2019 Jan 16;7(1):22. doi: 10.3390/sports7010022. PMID: 30654501; PMCID: PMC6359485. Classifique esse post #restriçãocalórica #massamuscular #restriçãoenergética #dietaintermitente #novomodelodedieta #emagrecimento #intermitente #realimentação

27 de ago. de 2024

4 min

Tendências para a Indústria Criativa até 2040: Um Olhar sobre o Futuro

27 de ago. de 2024

4 min

Tendências para a Indústria Criativa até 2040: Um Olhar sobre o Futuro

25 de ago. de 2024

4 min

Como a Microbiota Intestinal Pode Reduzir Impactos da Privação de Sono?

25 de ago. de 2024

4 min

Como a Microbiota Intestinal Pode Reduzir Impactos da Privação de Sono?

23 de ago. de 2024

4 min

Microbiota na Neuroinflamação e na Doença de Alzheimer

23 de ago. de 2024

4 min

Microbiota na Neuroinflamação e na Doença de Alzheimer