Manejo Assertivo na Alergia à Proteína do Leite de Vaca
Brunno Falcão
2 min
•
12 de jul. de 2023
Dentre as alergias alimentares, a alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é a mais comum entre as crianças, afetando cerca de 2% da população até 4 anos de idade. Nesse prisma, tal condição clínica exige uma série de restrições alimentares e um cuidado nutricional especial na hora da elaboração da dieta desses pacientes. Assim, preparamos aqui, pra você nutricionista, um resumo para o manejo assertivo nos casos de APLV. Leia a seguir. Table of Contents Toggle Entendendo a Alergia à Proteína do Leite de Vaca Fórmulas Infantis na Alergia à Proteína do Leite de Vaca Prática Clínica Referências Bibliográficas Entendendo a Alergia à Proteína do Leite de Vaca De início, entender como tal doença ocorre é fundamental para definir as melhores estratégias a serem aplicadas na clínica. Assim, a APLV é uma reação do sistema imunológico desencadeada pela presença das proteínas do leite. Nesse contexto, no leite, estão presentes diversos tipos de proteína como a albumina, lactoferrina e imunoglobulina entre outras. Além disso, já se sabe que, mais da metade das crianças alérgicas desencadeiam tal reação na presença de proteínas como a caseína, β-lactoglobulina e a α-lactoalbumina. Fórmulas Infantis na Alergia à Proteína do Leite de Vaca Dessa forma, a ingestão desses compostos pode ocorrer através do consumo de fórmulas infantis e até mesmo pela passagem das proteínas através do leite materno. Assim, não só a dieta da criança precisa ser modificada,mas a alimentação materna também sofre algumas mudanças, tendo em vista a severidade dos sintomas ocasionados pela reação alérgica na criança. Portanto, saber manejar tal patologia é um desafio na prática clínica. Prática Clínica Assim, o manejo inicial consiste na exclusão total do leite de vaca tanto dos latentes quanto da alimentação materna. Logo, o uso das fórmulas extensivamente hidrolisadas deve ser introduzida nas 2 semanas após a exclusão do consumo do leite tradicional. Caso não haja melhora dos sintomas, a recomendação se dá para o uso de fórmulas à base de aminoácidos. Além disso, outras possibilidades são as fórmulas infantis hidrolisadas a base de arroz ou de soja. No mais, o uso de probióticos parece melhorar a microbiota intestinal em recém nascidos e melhorar o quadro de disbiose, reduzindo os sinais gastrointestinais severos. Apesar de mais estudos serem necessários para compreender melhor os mecanismos de atuação em crianças, utilizar os probióticos no manejo da APLV pode ser uma alternativa na prática clínica. Referências Bibliográficas Leia mais sobre o tema: Leite de vaca causa constipação em crianças? Assista na plataforma Science Play Fast Tracks – Nutrição Esportiva Uso do Leite com Achocolatado como Bebida Esportiva Cela L, Brindisi G, Gravina A, et al. Molecular Mechanism and Clinical Effects of Probiotics in the Management of Cow’s Milk Protein Allergy . Int J Mol Sci. 2023;24(12):9781. Published 2023 Jun 6. doi:10.3390/ijms24129781 Classifique esse post #alergiaàproteínadoleitedevaca #aplv