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Aplicação do Teste Cardiometabólico nas Estratégias de Emagrecimento

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3 min

11 de jun. de 2024

No Brasil, as doenças cardiovasculares são uma preocupação de saúde pública, representando a principal causa de morte. De fato, elas superam em mortalidade até mesmo todos os tipos de câncer combinados, além de serem responsáveis por mais óbitos do que causas externas e doenças respiratórias somadas. O Papel do Teste Cardiometabólico O teste cardiometabólico é o padrão para analisar, do ponto de vista funcional, o coração, pulmão e músculo.  Este teste faz a avaliação prognóstica em cardiopatas, pneumopatas e em pré-operatórios, além de definir as zonas de treinamento e o substrato energético.  No teste, existem variáveis metabólicas, como VO2, VCO2, frequência cardíaca e coeficiente respiratório.  O exame é feito com uma máscara que possui um analisador de fluxo que envia os dados para um computador, que os encaminha para um gráfico. O ergômetro é um dispositivo usado para mensurar um tipo específico de trabalho, como corrida em esteira, pedalada em bicicleta ergométrica e nado. Para cada esporte existe um ergômetro específico. O músculo é o maior motor do metabolismo, e existe muito catabolismo proteico, especialmente no ambiente de UTI . Compreendendo os Dados: Fisiologia e Interpretação A interpretação dos dados é baseada em princípios fisiológicos relacionados com a captação, transporte e utilização de O2 pelos músculos. Quanto maior o estresse, maior é a fadiga muscular diafragmática.  Muitos fatores podem influenciar negativamente o VO2, como a circulação sistólica e a pressão arterial. Precisamos de estratégias para otimizar o VO2, pois quanto maior ele é, melhor é a função cardiorrespiratória.  Além disso, o excesso de cortisol causa catabolismo.  Se dormirmos mal, o corpo fica mais estressado e não responde bem ao exercício, já que o sono tem como função regular o cortisol, GH, fadiga e memória. Quando falamos em VO2 máximo, queremos dizer que o volume de oxigênio consumido entrou em um platô e parou de subir. Se perdemos massa muscular, perdemos potência e, consequentemente, o VO2 diminui. Fibras Musculares e Estratégias de Treinamento As fibras musculares do tipo I são oxidativas, possuem muitas mitocôndrias e vasos sanguíneos, e estão relacionadas com atividades de endurance, demorando a fadigar. As fibras do tipo II são baixas em mitocôndrias e têm poucos vasos sanguíneos. Temos períodos específicos e rápidos onde há predominância do ATP-CP.  Durante o exercício, à medida que ele fica mais intenso, temos maior concentração de ácido lático, fazendo o exercício cessar.  Estratégias que melhoram o endurance, como a utilização de beta-alanina , funcionam como sistema tampão, atrasando a fadiga muscular e prolongando o exercício.  Nutrição e Substratos Energéticos No QR, sabemos exatamente o tipo de substância que nosso corpo está utilizando durante o exercício, refletindo a participação de cada substrato energético. Dependendo da intensidade do treino, podemos ter predomínio de diferentes substratos : em exercícios leves, os lipídios são a principal fonte de energia; à medida que o exercício se torna mais intenso, os carboidratos predominam. A dieta low carb é prejudicial quando fazemos exercícios de alta intensidade,  já que os carboidratos passam a ser o substrato preferencial do organismo. Os análogos de GLP-1 causam aumento no cortisol, podendo causar disbiose e queda de cabelo. Sendo assim, a dieta deve estar acoplada ao tipo de treino de cada paciente.   Desvendando os Segredos do Desempenho Físico O estresse e a ansiedade podem afetar significativamente o desempenho físico, aumentando os níveis de cortisol e adrenalina. O sistema dopaminérgico também é influenciado, levando a comportamentos alimentares compensatórios. Por isso, neste universo complexo do desempenho físico, a compreensão das nuances fisiológicas e metabólicas é essencial. A integração de dados obtidos através de testes específicos, como o cardiometabólico, juntamente com estratégias de treinamento e nutrição adequadas, pode potencializar o desempenho físico e promover uma vida saudável e equilibrada.

Prática Clínica Para incorporar na prática clínica, o médico pode usar o teste cardiometabólico para avaliar o coração, pulmão e músculos dos pacientes, especialmente aqueles com doenças cardiovasculares ou respiratórias. Com base nos dados obtidos, como VO2, VCO2 e frequência cardíaca, o médico pode criar estratégias personalizadas de treinamento e nutrição. Ajustando a dieta e a intensidade dos exercícios, é possível otimizar o desempenho físico e melhorar a saúde cardiorrespiratória. Além disso, é crucial monitorar o impacto do estresse, sono e cortisol no metabolismo dos pacientes, recomendando intervenções para aumentar a resistência e atrasar a fadiga muscular, promovendo uma vida mais saudável e equilibrada. Continue Estudando... Sugestão de estudo: Estratégias para prevenção de síndrome metabólica e diabetes mellitus tipo 2 Sugestão de estudo: Síndrome Metabólica: Estratégias de Manejo Sugestão de estudo: O controle de apetite no processo de emagrecimento Referências Bibliográficas MELO, Camila Maria de; TIRAPEGUI, Julio; RIBEIRO, Sandra Maria Lima. Gasto energético corporal: conceitos, formas de avaliação e sua relação com a obesidade . Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia , [S.L.], v. 52, n. 3, p. 452-464, abr. 2008. FapUNIFESP (SciELO).

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