5 Suplementos para Pacientes com Epilepsia
Brunno Falcão
2 min
•
3 de jul. de 2023
A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico caracterizado por convulsões repetidas e não provocadas que ocorre em milhões de pessoas em todo o mundo. Por isso, devido ao importante papel neuroprotetor, o uso de antioxidantes pode ser muito útil para aliviar as convulsões em pacientes com resistência à medicamentos, além de melhorar a qualidade de vida como um todo. Table of Contents Toggle Como acontece a epilepsia? 1. Acetil-l-carnitina 2. Melatonina 3. NAC 4. CoQ-10 5. Astaxantina Referências Bibliográficas Como acontece a epilepsia? A epilepsia surge de um aumento da frequência e sincronia do disparo neuronal e um desequilíbrio dos neurotransmissores excitatórios sobre os neurotransmissores inibitórios que também pode provocar o c omprometimento da aprendizagem e da memória. Os mecanismos propostos de epileptogênese envolvem alterações em sinapses, neurotransmissores, receptores, estresse oxidativo, inflamação neural, disfunção mitocondrial, sinalização de citocinas e apoptose. Por isso, os suplementos e alimentos anti-inflamatórios, antioxidantes, medicamentos antiepilépticos e medicamentos anticonvulsivantes são usados para tratar a epilepsia e controlar sua progressão. 1. Acetil-l-carnitina Acetil-l-carnitina é um aminoácido modificado que ocorre naturalmente no corpo e pode atravessar a barreira hematoencefálica, permitindo que exerça efeitos neuroprotetores ao inibir o estresse oxidativo e a apoptose, bem como a ativação glial e a neuroinflamação. 2. Melatonina A melatonina demonstrou ter efeitos neuroprotetores na epilepsia humana, reduzindo a incidência de convulsões e aumentando a latência inicial das convulsões. Alguns pesquisadores relataram os efeitos terapêuticos da melatonina, envolvendo a regulação dos receptores GABA e a inibição da síntese do óxido nítrico neuronal para interferir nas vias glutamatérgicas. Além disso, a melatonina preveniu os efeitos neurotóxicos das convulsões, incluindo produção de radicais livres, danos no DNA, peroxidação lipídica, perda de células do hipocampo e diminuição da atividade da glutationa e do complexo mitocondrial. 3. NAC O NAC também combate o estresse oxidativo por meio de suas próprias propriedades antioxidantes. O tratamento com NAC levou a uma diminuição de 70% na frequência de crises, um aumento de 30% no tempo para o início das crises epilépticas e a melhora dos prejuízos cognitivos que acompanham a epileptogênese. 4. CoQ-10 A CoQ10 elimina diretamente os radicais livres e regenera indiretamente outros compostos antioxidantes, incluindo a vitamina E, para exercer efeitos antioxidantes. Um estudo descobriu que pacientes com epilepsia tinham níveis de CoQ10 significativamente mais baixos do que controles saudáveis. A CoQ10 também mostrou efeitos promissores quando usada em combinação com drogas antiepilépticas tradicionais. 5. Astaxantina A astaxantina é um carotenóide encontrado em microalgas, leveduras e organismos marinhos, incluindo salmão, camarão, krill e lagostins que pode facilmente atravessar a barreira hematoencefálica sem causar toxicidade. Este forte antioxidante diminui a geração de radicais livres e previne danos oxidativos. Além disso, a astaxantina tem atividade anti-apoptótica, anti-inflamatória e de reforço imunológico. Em vários distúrbios neurológicos, a astaxantina foi encontrada para mitigar danos cerebrais e déficits cognitivos. Referências Bibliográficas Sugestão de estudo: A dieta cetogênica influencia o crescimento de crianças com epilepsia? – Science Play Assista o vídeo na Science Play com Rodrigo Duprat: Neurohacking e Práticas para a Otimização da Mente Artigo: Madireddy S, Madireddy S. Therapeutic Strategies to Ameliorate Neuronal Damage in Epilepsy by Regulating Oxidative Stress, Mitochondrial Dysfunction, and Neuroinflammation. Brain Sciences. 2023; 13(5):784. https://doi.org/10.3390/brainsci13050784 Classifique esse post #epilepsia