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Depressão: O que não pode faltar na dieta?

Brunno Falcão

3 min

5 de jun. de 2023

A depressão é classificada como um dos transtornos mentais mais comuns no mundo e estudos sugerem que a dieta e os hábitos alimentares podem estar indiretamente relacionados ao risco de início, gravidade e duração da depressão. Table of Contents Toggle Fisiopatologia da Depressão Importância dos Macronutrientes na Depressão Importância do Consumo de Água, Vitaminas e Minerais na Depressão Prática Clinica  Referências Bibliográficas  Fisiopatologia da Depressão Uma das hipóteses mais comuns sobre a fisiopatologia da depressão sugere que existe uma ligação entre a depressão e os baixos níveis de neurotransmissores, como serotonina, dopamina e norepinefrina. Entretanto, a síntese e a liberação desses neurotransmissores dependem de vários fatores, incluindo a presença de nutrientes na dieta.  Importância dos Macronutrientes na Depressão Proteína: O tipo e a quantidade de proteína dietética consumida desempenham um papel importante na fisiopatologia dos transtornos depressivos, pois a proteína serve como uma fonte crucial de aminoácidos que servem como precursores de neurotransmissores no cérebro. Gordura: É importante analisar a qualidade da gordura consumida, pois uma dieta rica em ácidos graxos saturados, ácidos graxos trans, pode aumentar o risco de depressão, enquanto uma dieta rica em ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados pode reduzir o risco de depressão.  Além disso, a suplementação com ômega-3 tem o potencial favorável ​​na prevenção e tratamento de transtornos depressivos. Carboidrato: O cérebro usa carboidratos como principal fonte de energia, bem como componentes estruturais e funcionais. Podendo modular o humor e a função cerebral, afetando os níveis de neurotransmissores.  Além disso, uma dieta baseada em carboidratos com baixo índice glicêmico pode efetivamente reduzir o risco de depressão. Fibras: Com base nos achados da meta-análise, cada aumento de 5 g na ingestão total de fibras alimentares está associado a uma redução de 5% no risco de depressão. Importância do Consumo de Água, Vitaminas e Minerais na Depressão Água: A água representa 75% da massa cerebral e a desidratação pode afetar a função do sistema nervoso. De acordo com estudos, a raiva, a confusão, a depressão e a fadiga aumentam com a desidratação em ≥1%. Vitaminas do Grupo B: Essas vitaminas são essenciais para manter o funcionamento normal do sistema nervoso. Em particular, deficiências de vitaminas B1, B6, B9 e B12, têm sido associadas à depressão. Além disso, baixos níveis de vitamina B9 e B12 têm sido associados a uma pior resposta aos antidepressivos. Vitamina D: Estudo mostrou que o risco de depressão aumenta de 8 a 14% em pessoas com deficiência de vitamina D. Além disso, a vitamina D é eficaz na prevenção da depressão, mantendo os níveis de serotonina em níveis ideais e regulando os níveis de dopamina e norepinefrina no cérebro. Minerais : magnésio, zinco, ferro, cobre e selênio, foram identificados como fundamentais na regulação da função celular e neuromodulação, bem como na atividade antioxidante.  Prática Clinica  Em resumo, com base nas evidências científicas disponíveis, uma dieta que apoie a saúde mental deve consistir principalmente em vegetais, frutas, grãos integrais, fontes de proteína vegetal, legumes, nozes, peixe, laticínios com baixo teor de gordura, limitando a ingestão de alimentos simples açúcares e alimentos altamente processados.  As fontes alimentares indicadas contêm vitaminas, minerais, triptofano, fibras, antioxidantes e gorduras de boa qualidade, que podem beneficiar a saúde mental, reduzindo o estresse oxidativo, a inflamação e fornecendo nutrientes essenciais para o cérebro.  No entanto, é importante lembrar que a dieta em si não é o único fator que influencia o risco ou ajuda a tratar a depressão. Existem muitos outros aspectos, como atividade física, sono, controle do estresse e suporte social, que também desempenham um papel importante na manutenção da saúde mental.  Referências Bibliográficas  Sugestão de estudo: Probióticos na Depressão: Prevenção e Tratamento – Science Play Assista o vídeo na Science Play com Roberta Carbonari: Disfunção metabólica e depressão: o que vem primeiro e qual o papel da nutrição? Zielińska M, Łuszczki E, Dereń K. Dietary Nutrient Deficiencies and Risk of Depression (Review Article 2018–2023). Nutrients. 2023; 15(11):2433. Classifique esse post #depressão