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Fitoterápicos e Nutracêuticos no Processo de Detox: Como eles podem ajudar

A nutricionista Camila Mercali inicia o último dia de Nutrição Brasil com o tema “Fitoterápicos e Nutracêuticos Detox”. Ela enfatiza que detox é estilo de vida, não é apenas sobre o corpo físico – não é sobre suco verde ou uma dieta restritiva, mas sobre as nossas escolhas, a nossa mente, como nos colocamos em frente a vida.

Viver um estilo de vida que propícia o detox é o mesmo que trazer para si uma modulação hormonal positiva, emagrecimento facilitado, fertilidade, bem como manejo de SOP, tireoide, fígado, intestino e saúde mental. Nesse processo de detoxificação, as toxinas são transformadas de lipossolúveis para hidrossolúveis, pela metabolização de enzimas e, posteriormente, eliminadas. Entretanto, todo esse processo é dependente da oferta de nutrientes.

Ou seja, enzimas da citocromo P450, que realizam o detox, são dependentes de ferro, vitaminas do complexo B e colina. Por isso, deficiências desses nutrientes tendem a bloquear o processo de detoxificação. Portanto, nesse contexto, as enzimas mais importantes são a glutationa-S-transferase e metil-transferase, que dependem de diversos nutrientes.



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Nutrientes que Auxiliam no Detox

Vitamina B12, B2, selênio, vitamina C, magnésio, ômega-3, ácido fólico são nutrientes importantíssimos no nosso organismo. Além disso, a suplementação de N-Acetilcisteína também está relacionada com a produção de glutationa, por atuar como um aminoácido limitante na produção de glutationa.

Ativando Vias de Detoxificação

A ativação de NRF2 se dá através de uma alimentação voltada para a dieta mediterrânea, com compostos fenólicos, isotiocianatos, curcumina, capsaicina, gingerol, licopeno, resveratrol, genisteína, epigalocatequina-3-galato, entre outros. O ideal é que se pese os alimentos, pois precisamos consumir ao menos 400g de frutas e vegetais, assim como 30g de oleaginosas, a fim de garantir todos esses nutrientes.

As toxinas mais prejudiciais para o nosso organismo são os metais tóxicos, como arsênio, chumbo e mercúrio. Na anamnese, deve-se observar se ela consome peixes grandes, alumínio pelo desodorante, e também observar como está a saída desses nutrientes, ou seja, a evacuação, o suor, a urina.

Existem diversos quelantes naturais de metais tóxicos, que fazem a detoxificação do corpo, por isso, deve-se observar como está o selênio, o zinco, as vitaminas.

Alimentos para o Detox

Cúrcuma, chá verde, laranja, azeite de oliva, cebola roxa, repolho roxo, sementes de uva, mel, tomate e pomelo são ótimos alimentos para manter um bom status antioxidante. Os compostos bioativos dos cítricos chegam ao SNC, sendo bastante biodisponíveis. O crocus sativus também é uma ótima planta, com diversas ações anti-inflamatórias e antioxidantes, auxiliando também na saúde da mulher.

Se possível, o consumo dos alimentos orgânicos também é mais livre de metais pesados e agrotóxicos, possuindo menor carga de toxicidade e facilitando o detox.

Fitoterápicos no Processo de Detox

As doenças modernas trazem menos qualidade de vida, por conta do acúmulo de toxinas ao longo da vida. Para envelhecer bem, deve-se melhorar a detoxificação do fígado, com o uso de fitoterápicos cardo mariano, alcachofra, dente de leão e bardana.

Os fitoterápicos que aumentam mais as enzimas da fase 1 são a carqueja (que tem ação hepatoprotetora, gastroprotetora e anti-adipogênica), a alcachofra (hepatoprotetora, melhora do perfil lipídico em geral, ação diurética para mulheres que retém muito líquido, hipoglicemiante) e o boldo (hepatoprotetora, melhora a digestão de gorduras e diminui o estresse oxidativo pelo ferro).

Já os fitoterápicos de ativação da fase 2 incluem o dente de leão (uma PANC que ativa NRF2), mil folhas (melhora cólica menstrual e digestão), chá verde (melhora a microbiota, ativa fase 1 e 2, previne contra o câncer, emagrecimento), alecrim (melhora a digestão de proteínas, dopaminérgica) e cardo mariano (planta mais estudada como hepatoprotetora).

Utilizando os fitoterápicos da fase 1, deve-se usar também aqueles que ativam a fase 2, para manter o equilíbrio e diminuir os metabólitos intermediários. O uso de chás como dente de leão, erva doce, gengibre e chá verde também tem ótimos impactos na saúde.

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