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Brunno Falcão

2 min

21 de set. de 2023

Há mais de 60 anos, foi descrito pela primeira vez os malefícios da ingestão excessiva de histamina, associada ao consumo de peixes não frescos. Hoje, sabe-se que a intolerância à histamina pode estar associada à incapacidade de certos indivíduos em metabolizar essa substância no intestino. Leia mais abaixo. Table of Contents Toggle Fisiologia da Intolerância à Histamina Origem e Sintomatologia da Intolerância à Histamina Prática Clínica Referências Bibliográficas Fisiologia da Intolerância à Histamina A histamina é sintetizada e armazenada em altas concentrações nos grânulos secretores e pode seguir para duas vias metabólicas principais. A primeira envolve a enzima diamina oxidase (DAO), mais expressa no intestino, enquanto a segunda envolve a histamina-N-metiltransferase (HNMT). Em relação à DAO, ela serve como uma proteção contra a histamina exógena, proveniente da dieta ou da microbiota intestinal. Isso ocorre pois, embora a histamina tenha funções fisiológicas importantes, ela representa um risco à saúde quando consumidas em altas quantidades. Origem e Sintomatologia da Intolerância à Histamina Uma intolerância alimentar é reconhecida como uma hipersensibilidade não alérgica e pode ser causada por qualquer alimento ou um de seus componentes. No caso da intolerância à histamina, ela é definida como um distúrbio decorrente da redução da capacidade de degradação da histamina no intestino, devido ao comprometimento da atividade da DAO.  Em relação à origem da intolerância, ela pode ser genética, patológica ou farmacológica. A deficiência da enzima DAO pode ser adquirida por patologias intestinais inflamatórias que afetam a integridade da mucosa intestinal. No entanto, essa deficiência pode ser temporária ou reversível. Já, em relação aos sintomas, existe uma ampla variedade entre eles. Mas, os mais comuns são: distensão abdominal, diarreia, dor abdominal, constipação, tonturas, dores de cabeça e palpitações. Em alguns casos é possível observar edemas, urticárias e sintomas respiratórios. Prática Clínica Portanto, o nutricionista deve se atentar ao prescrever uma dieta para o paciente com intolerância à histamina, de forma que ela apresente baixo teor do composto. Em geral, a duração do tratamento dietético varia de acordo com cada caso, mas o ideal é realizar uma dieta de 3 a 4 semanas. Alimentos como peixe e carne devem estar sempre frescos e com qualidade higiênica adequada, pois, caso contrário, poderão apresentar elevadas taxas de histamina. Além disso, os produtos fermentados devem ser excluídos, pois apresentam alta probabilidade de ter a substância, assim como outros alimentos (espinafre, berinjela e tomate) Referências Bibliográficas Sugestão de Leitura:  Testes Genéticos: Interprete e intervenha de uma nova forma Artigo: COMAS-BASTÉ, Oriol; SÁNCHEZ-PÉREZ, Sònia; VECIANA-NOGUÉS, Maria Teresa; LATORRE-MORATALLA, Mariluz; VIDAL-CAROU, María del Carmen. Histamine Intolerance: the current state of the art. Biomolecules, [S.L.], v. 10, n. 8, p. 1181, 14 ago. 2020. MDPI AG. http://dx.doi.org/10.3390/biom10081181.  Classifique esse post #histamina #intolerânciaàhistamina