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Microbiota dos Centenários: Há informações relevantes?

Brunno Falcão

3 min

1 de jul. de 2023

Mulheres têm pelo menos 1/3 da vida na menopausa, então é importante ter esse tempo de vida com qualidade. Assim, o envelhecimento saudável significa um processo de desenvolvimento e manutenção das capacidades funcionais que possibilitam o bem estar na idade avançada. Estender o tempo saudável é muito mais importante do que estender tempo de vida  Table of Contents Toggle Microrganismos do Intestino O que o idoso que vive muito tem de diferente? Quais seriam as possíveis causas da diferença na microbiota com o envelhecimento? Como fazer para ter uma microbiota com as mesmas características quando chegar a sua vez?  Nutrientes e fitoterápicos para uma microbiota saudável Fórmulas voltadas para microbiota Estude mais! Microrganismos do Intestino A inflamação permeia todas as teorias do envelhecimento, podendo gerar uma diferença na microbiota conforme envelhecemos. A microbiota adulta é caracterizada pelo domínio dos firmicutes e bacteroidetes e menores quantidades de proteobacteria, actinobacteria e verrucomicrobia. Já a microbiota do idoso apresenta uma perda de estabilidade do microbioma intestinal caracterizada pela diminuição da diversidade microbiana e da densidade de espécies saudáveis. Essa instabilidade do microbioma leva ao aumento da permeabilidade intestinal e redução da produção da mucina (proteína do muco). Ainda, ocorre também um aumento no número de bactérias em outros espaços além do intestino, principalmente na boca. Essa característica causa uma redução do espaço imunológico O que o idoso que vive muito tem de diferente? Diferente dos idosos comuns, os longevos têm diversidades muito maiores, com a presença de um microbioma de ações anti-inflamatórias. Assim, é possível perceber um aumento das bactérias clostridiaceae, akkermansia e bacteroidaceae. Portanto, fica claro que os longevos têm maior diversidade microbiana que os demais idosos e têm maior produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC). Os AGCCs apresentam inúmeros benefícios, pois se ligam a receptores acoplados à proteína G sensível a metabólitos, GPR43 e GPR109A, que inibem a produção de citocinas inflamatórias pelas células de defesa intestinal. Isso é considerado um fator importante para controlar o inflamaging do idoso, pois o ácido graxo também tem a capacidade de estimular a captação de oxigênio pelos colonos, reduzindo o efeito de isquemia. Quais seriam as possíveis causas da diferença na microbiota com o envelhecimento? Alteração na produção de ácido gástrico  Diminuição da motilidade digestiva  Redução na tensão de oxigênio digestiva  Redução da atividade pancreática exócrina  A microbiota dos longevos está relacionada à melhor saúde cognitiva, aumento da permeabilidade intestinal, redução da sarcopenia, preservação da massa óssea e ao aumento do anti-inflammaging Como fazer para ter uma microbiota com as mesmas características quando chegar a sua vez?  O ideal é focar em um mindful eating, apresentando cuidado com a mastigação. Além disso, o fracionamento da dieta se torna essencial, em conjunto com a suplementação de enzimas digestivas conforme a necessidade individual. Melhora do sistema digestivo: é uma tarefa difícil no idoso por causa das comorbidades: aterosclerose, alterações pulmonares, cardíacas e renais. Uma atitude a se tomar pode ser atividade física não exagerada. Motilidade digestiva: retirar medicações que alteram a motilidade, como analgésicos opióides, anti-convulsionantes e inibidores da recaptação de serotonina. Ainda, o exercício físico também auxilia na motilidade. Melhorar o esvaziamento intestinal: aumentar a ingestão de fibras, prescrever pré e probióticos para constipação, prescrever magnésio e potássio na forma de citrato e evitar ervas laxativas. Nutrientes e fitoterápicos para uma microbiota saudável Ômega 3: aumento de bactérias do butirato, reduz as bactérias produtoras de LPS e reduz a inflamação. Resveratrol: aumenta bactérias produtoras de butirato, lactobacillus, bifidobacterium e Akkermansia, diminui o leaky gut. Flavonoides: atuam como prebióticos, metabolizados pela microbiota e dão origem a antioxidantes ou estimuladores da glutationa intestinal. Curcumina: aumenta a diversidade microbiana, reduz bactérias produtoras de LPS. Quercetina: atuam como prebióticos,metabolizados pela microbiota e dão origem a antioxidantes ou estimuladores da glutationa intestinal. Antocianinas: Aumenta a diversidade microbiana, reduz bactérias produtoras de LPS. Fórmulas voltadas para microbiota Betaína cloridrato 300mg- 120 cápsulas Amilase 160mg Lactase 10mg Celulase 9mg Hemicelulase 30mg Xilanase 10mg Protease alcalina 50mg  Protease ácida estável 25mg Pepsina suína 200mg  Pancreatina suína (4NF) 30mg Bromelaína 100mg Papaína 100mg Lipase 60mg Ácidos biliares 50mg Actinidina P200 240 unidades – 60 cápsulas Estude mais! Sugestão de Leitura: Teste de microbiota intestinal: como interpretar e intervir? Sugestão de Leitura: Qual o papel do ômega-3 na microbiota intestinal? Assista ao vídeo na plataforma Science Play: Saúde Intestinal e Microbiota: Fatores que Influenciam Classifique esse post #microbiota #microbiotaintestinal