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Modulação Intestinal no Diabetes Mellitus

Brunno Falcão

2 min

28 de abr. de 2023

Dados da Federação Internacional do Diabetes apontam que o Diabetes Mellitus tipo II pode afetar mais de  783  milhões de pessoas até o ano de 2045. Nesse sentido, conhecer as estratégias terapêuticas que auxiliem na melhora do quadro de tal patologia é fundamental para a prática clínica. Assim, resumimos aqui os pontos primordiais para que você faça a modulação intestinal assertiva no Diabetes.  Table of Contents Toggle Fisiopatologia e Microbiota no Diabetes Mellitus Modulação Intestinal no Diabetes Mellitus Prática Clínica Referências Bibliográficas Fisiopatologia e Microbiota no Diabetes Mellitus Para realizar a modulação intestinal no diabetes mellitus é importante conhecer a fisiopatologia que envolve tal doença. Nesse sentido, o estado hipermetabólico e de hiperglicemia gera um ambiente com altos níveis de estresse oxidativo . Além disso, esse ambiente pró inflamatório promove maior permeabilidade intestinal nos pacientes com DM2 , o que resulta em níveis elevados de LPS (lipopolissacarídeos), na circulação periférica que exacerbam ainda mais a inflamação, causando disbiose intestinal .  Além disso, já se sabe que o perfil da microbiota é capaz de influenciar as respostas do hospedeiro à insulina e também de reduzir ou aumentar as respostas inflamatórias . Dentro do quadro de diabetes, outras doenças estão comumente associadas, como a obesidade e a síndrome metabólica, que, corroboram para que a microbiota fique cada vez mais disfuncional. Assim, criar estratégias que melhorem a riqueza microbiana é fundamental para controlar a progressão de tais doenças .  Modulação Intestinal no Diabetes Mellitus No tocante, além do ajuste dietético, a suplementação com probióticos é uma das estratégias mais promissoras dentro do DM2. Os probióticos têm a capacidade de melhorar a permeabilidade da barreira intestinal, reduzir os parâmetros de endotoxemia metabólica e de inflamação. Desse modo, o metabolismo celular é melhorado e a resistência periférica à insulina também é otimizada, mitigando os sintomas de descompensação do diabetes. Ademais, os simbióticos, que são a combinação de probióticos e prebióticos também podem ser utilizados, apesar de possuírem menos evidências científicas a seu respeito. Por fim, o manejo dietético e a inclusão de alimentos ricos em vitaminas, minerais, de baixo índice glicêmico e ricos em fibras é fundamental para o controle do DM2. Prática Clínica Portanto, a modulação intestinal no diabetes tipo II envolve diversas estratégias. De forma prática, inicialmente a oferta de uma dieta rica em nutrientes, de baixo índice glicêmico e rico em fibras é a estratégia inicial. Além disso, a administração de probióticos apresenta efeitos exponenciais na melhora dos sintomas de descompensação do diabetes e também a melhora dos parâmetros inflamatórios, além da redução do estresse oxidativo. Referências Bibliográficas Artigo: Os efeitos da suplementação de probióticos e simbióticos na inflamação Naseri, K., Saadati, S., Ghaemi, F. et al. Os efeitos da suplementação de probióticos e simbióticos na inflamação, estresse oxidativo e concentração circulante de adiponectina e leptina em indivíduos com pré-diabetes e diabetes mellitus tipo 2: uma revisão sistemática avaliada por GRADE, meta-análise e meta-regressão de ensaios clínicos randomizados. Eur J Nutr 62 , 543–561 (2023). https://doi.org/10.1007/s00394-022-03012-9 Leia mais sobre o tema:  Diabetes Mellitus Tipo 2 Classifique esse post #diabetes #diabetesmellitus #microbiotaintestinal #modulacaointestinal