O melhor período da vida para a mulher iniciar a rotina de atividade física
Brunno Falcão
4 min
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24 de jul. de 2023
Independentemente de sua falta de interesse em caminhar, andar de bicicleta ou participar de outros esportes, ou da falta de tempo para incorporar o exercício em sua rotina, é crucial reconhecer a importância da atividade física em todas as fases da vida, especialmente ao considerar o processo de envelhecimento. Descubra por que a hora de começar a se exercitar é agora! Table of Contents Toggle Envelhecimento, Saúde Cardiovascular e Atividade Física A Importância dos Receptores de Estrogênio na Saúde Vascular: Descobrindo as Vias Protetoras Atividade física e sua efetividade na controle da pressão arterial e saúde plaquetária Prática Clínica Referências Bibliográficas Envelhecimento, Saúde Cardiovascular e Atividade Física Descubra como o envelhecimento afeta a saúde cardiovascular de homens e mulheres de maneiras diferentes neste artigo revelador! Enquanto todos sofrem com o passar dos anos, as mulheres enfrentam uma linha do tempo específica devido à menopausa e à perda de estrogênio. Entretanto, há esperança na forma de exercícios regulares. A menopausa traz consigo um declínio acentuado na saúde cardiovascular, pois o estrogênio, hormônio feminino, desempenha um papel protetor vital nesse sistema. No entanto, pesquisas recentes mostram que a atividade física regular pode compensar essa perda e neutralizar os efeitos negativos do envelhecimento e da menopausa na saúde cardiovascular. No entanto, a atividade física regular, incluindo o exercício muscular esquelético, pode compensar a perda de estrogênio na menopausa. Vários estudos têm explorado a hipótese de que o exercício pode neutralizar os efeitos negativos da menopausa na saúde cardiovascular. Essas pesquisas descobriram que a atividade física regular não só contraria os efeitos prejudiciais do envelhecimento, mas também da transição para a menopausa. Portanto, o exercício pode ter efeitos benéficos na saúde vascular em todas as idades, mas iniciar a atividade física na menopausa ou logo após ela pode ser mais eficaz do que iniciar mais tarde. Além disso, a ativação da via do receptor α relacionada ao estrogênio induzida pelo exercício parece ser mais eficaz logo após a menopausa, em comparação com momentos posteriores da vida. Isso sugere que é mais fácil prevenir a perda da saúde vascular do que tentar recuperá-la posteriormente. A Importância dos Receptores de Estrogênio na Saúde Vascular: Descobrindo as Vias Protetoras Agora iremos mergulhar no mundo dos receptores de estrogênio e seu papel crucial na saúde vascular. Descubra como o estrogênio exerce efeitos protetores na saúde vascular por meio de vias genômicas e não genômicas, mediadas por esses receptores presentes nas células endoteliais. A regulação genômica envolve a ativação de elementos de resposta ao estrogênio, que alteram a expressão de proteínas vitais, como a óxido nítrico sintase endotelial (eNOS), o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e a superóxido dismutase 2 (SOD2). Já a regulação não genômica ocorre por meio da ativação direta de cascatas de sinalização, incluindo a fosforilação aumentada da eNOS em Ser-1177. Além disso, o estrogênio pode modificar proteínas pós-traducionalmente por meio da ativação do receptor 1 de estrogênio acoplado à proteína G (GPER), desencadeando cascatas de sinalização que promovem a ativação da eNOS. Esses mecanismos combinados do estrogênio e seus receptores resultam no aumento da atividade da eNOS e da biodisponibilidade do óxido nítrico (NO), essenciais para a vasodilatação, angiogênese e um fenótipo anti-inflamatório na vasculatura. Além disso, o estrogênio desempenha um papel significativo na limitação do estresse oxidativo e da inflamação, graças às suas propriedades antioxidantes e à regulação positiva de enzimas como a SOD2 e catalase. Em resumo, as proteínas promovidas pelo estrogênio desempenham um papel essencial na manutenção da saúde endotelial e da função vascular. A compreensão desses mecanismos pode abrir caminho para novas abordagens no cuidado da saúde cardiovascular, destacando a importância dos receptores de estrogênio como alvos terapêuticos potenciais. Atividade física e sua efetividade na controle da pressão arterial e saúde plaquetária O exercício físico pode ter um impacto positivo na pressão arterial e na saúde das plaquetas sanguíneas neste artigo revelador! Isso porque, atualmente, a pressão arterial elevada é um fator de risco significativo para doenças vasculares e é uma das principais causas de mortalidade globalmente. Estudos demonstram que homens e mulheres enfrentam diferentes padrões de aumento da pressão arterial ao longo da vida. Enquanto os homens tendem a apresentar um aumento constante, as mulheres geralmente experimentam um aumento mais rápido após a menopausa. Essas mudanças hormonais desempenham um papel importante nesse processo. Felizmente, um estilo de vida ativo e a prática regular de exercícios físicos podem atenuar o aumento da pressão arterial relacionado à idade. Mulheres que se exercitam regularmente apresentam níveis de pressão arterial mais baixos do que aquelas com um estilo de vida sedentário. Além disso, mesmo um estilo de vida moderadamente ativo pode ajudar a prevenir o aumento acelerado da pressão arterial após a menopausa. A formação de coágulos sanguíneos é um aspecto crítico da saúde plaquetária. Mulheres, em geral, possuem contagens de plaquetas mais altas e são mais responsivas à agregação plaquetária do que os homens. A menopausa representa um desafio adicional para a função plaquetária ideal, uma vez que o estrogênio desempenha um papel importante na regulação positiva de inibidores da ativação plaquetária. Estudos sugerem que o treinamento físico regular pode melhorar a função plaquetária em homens e mulheres. Homens bem treinados apresentam redução na reatividade plaquetária basal e maior sensibilidade plaquetária à prostaciclina em comparação com indivíduos não treinados. Além disso, o exercício físico estimula vias de proteção vascular semelhantes às do estrogênio, o que pode ser benéfico para reduzir a hiper-reatividade plaquetária em mulheres na pós-menopausa. Essas descobertas preliminares destacam o papel do exercício físico na regulação da pressão arterial e na melhoria da saúde plaquetária. No entanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar esses resultados e compreender melhor os mecanismos envolvidos. Não deixe de investir em um estilo de vida ativo para manter sua pressão arterial sob controle e promover a saúde cardiovascular! Prática Clínica Na prática clínica, tanto o profissional de nutrição quanto o de educação física desempenham um papel fundamental no cuidado da saúde das mulheres em relação à atividade física e ao processo de envelhecimento. Você, como profissional dessas áreas, pode oferecer orientações nutricionais personalizadas e desenvolver programas de exercícios adaptados às necessidades individuais, incentivando-as a adotarem um estilo de vida ativo. Além disso, você pode fornecer suporte emocional e motivacional, ajudando as mulheres a manterem a atividade física como parte integrante de suas rotinas diárias, fortalecendo o sistema cardiovascular, a saúde óssea e o bem-estar geral.
Referências Bibliográficas Sugestão de Leitura: Importância da Saúde Muscular no Envelhecimento Sugestão de Leitura: Suplementação de Creatina na Saúde da Mulher
Tamariz-Ellemann A, Wickham KA, Nørregaard LB, Gliemann L, Hellsten Y. The time is now: regular exercise maintains vascular health in ageing women. J Physiol. 2023 Jun;601(11):2085-2098. doi: 10.1113/JP282896. Epub 2022 Nov 14. PMID: 36300822. Classifique esse post #exerciciofisico #mulher #saúdecardiovascular #atividadefisica #pressãoarterial