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Quais efeitos fisiológicos da melatonina?

Brunno Falcão

2 min

8 de jun. de 2023

A melatonina é um composto sintetizado e secretado principalmente pela glândula pineal durante a noite, em condições normais de luz e escuridão. O ritmo de secreção endógena é gerado pelos núcleos supraquiasmáticos e está sincronizado com o ciclo de luz e escuridão. A luz é capaz de suprimir ou sincronizar a produção desse hormônio de acordo com o horário de luz. Sendo que o ritmo nictemeral deste pode ser avaliado por meio de medições repetidas de melatonina plasmática, salivar ou de sulfatoximelatonina urinária, o principal metabólito hepático. Table of Contents Toggle Efeitos Fisiológicos da Melatonina Desdobramentos da Manipulação de Melatonina Prática Clínica  Referências Bibliográficas  Efeitos Fisiológicos da Melatonina A função fisiológica primária da melatonina, cuja secreção se ajusta à duração da noite, é transmitir informações sobre o ciclo diário de luz e escuridão para as estruturas do corpo. Essas informações são utilizadas para a organização de funções que respondem às mudanças no fotoperíodo, como os ritmos sazonais. No entanto, a ritmicidade sazonal das funções fisiológicas em humanos relacionadas a possíveis alterações na sua mensagem ainda possui evidências limitadas em áreas temperadas e em condições de campo. Além disso, sua secreção diária consiste em um sinal bioquímico muito robusto da noite, sendo ser usada para a organização dos ritmos circadianos. Embora as funções desse hormônio em humanos se baseiem principalmente em correlações entre observações clínicas e secreção de melatonina, existem algumas evidências da sua capacidade de estabilizar e fortalecer o acoplamento dos ritmos circadianos, especialmente da temperatura central e dos ritmos sono-vigília. Contudo, outras funções fisiológicas também depende do sinal de melatonina, como o sistema imunológico, as defesas antioxidantes, a hemostasia e a regulação da glicose. Desdobramentos da Manipulação de Melatonina A diferença entre seus efeitos fisiológicos e farmacológicos ainda não está clara, mas é baseada na consideração da dose e não da duração da mensagem hormonal. Com isso, ad mite-se que uma dose “fisiológica” proporcione níveis plasmáticos de melatonina da mesma ordem de grandeza de um pico noturno. Porém, como sistema regulador da secreção é complexo, seguindo vias centrais e autônomas, existem muitas situações fisiopatológicas em que essa secreção hormonal pode ser perturbada. E a alteração resultante pode induzir aumento a predisposição de algumas doenças, bem como agravamento dos sintomas ou modificação do curso e resultado do distúrbio. Como os receptores de melatonina têm uma ampla distribuição no corpo, as indicações terapêuticas potenciais desse composto são múltiplas. A vanços significativos nessa área podem ser alcançados por meio do desenvolvimento de ensaios multicêntricos em uma grande série de pacientes, a fim de estabelecer a eficácia da melatonina e a ausência de toxicidade a longo prazo. Prática Clínica  O uso clínico da melatonina envolve a administração de doses adequadas para alcançar os níveis fisiológicos no organismo. A pesquisa contínua e estudos clínicos são essenciais para aprofundar nosso conhecimento sobre os efeitos fisiológicos da melatonina e expandir suas possíveis aplicações terapêuticas. Referências Bibliográficas  Sugestão de estudo: Melatonina: Fontes e benefícios à saúde  Assista o vídeo na Science Play com Carolina Meireles: O papel da vitamina D e melatonina  Claustrat B, Leston J. Melatonin: Physiological effects in humans. Neurochirurgie. 2015;61(2-3):77-84. doi:10.1016/j.neuchi.2015.03.002 Classifique esse post #ciclocircadiano #melatonina #sono