SASP: Como a nutrição pode auxiliar?
Brunno Falcão
3 min
•
30 de jun. de 2023
O fenótipo secretor associado à senescência vem sendo tema de discussão nos últimos anos devido estudos mostrarem seu avanço concomitante a pandemia a COVID19, este envelhecimento é relacionado à senescência, a qual é definida como um estado celular de perda gradual da capacidade proliferativa, podendo causar – e ser causada por – condições como disfunção mitocondrial, disfunção de autofagia, hiperglicemia, espécies reativas de oxigênio ou perda de NAD+. Estratégias ANTI-SASP vale para todos, podemos aplicar desde o nascimento até o envelhecimento final. O maior problema é o descontrole do SASP que gera um dano mitocondrial, alterando síntese proteica. Entre as principais características da célula senescente estão o aumento do tamanho de organelas, redução da capacidade proliferativa e encurtamento dos telômeros e perda de proteostase, o que leva à perda da homeostase de diversas funções celulares. Alguns fatores que envolvem o aumento da produção de SASP estão relacionados aos hábitos do indivíduo, como sedentarismo, desequilíbrio nutricional, exposição à poluição e à radiação, os quais são conhecidos como “Macro Gero-Expossoma”. Existem também os fatores relacionados à genética como a sensibilidade genômica, alterações ribossomais, alterações epigenéticas, exaustão de células tronco, modificações nas vias da mTOR, as quais são conhecidas como “Micro Gero-Expossoma”. O controle mitocondrial é a base fundamental para o controle do SASP, de tal forma que a disfunção mitocondrial promove o envelhecimento e não o envelhecimento que promove a disfunção mitocondrial. Desta forma, a estratégia inicial para a modulação do SASP é a prevenção e manutenção das mitocôndrias. O NAD+ tem recebido atenção crescente na pesquisa sobre o envelhecimento, devido ao seu papel na regulação do metabolismo celular e em processos de sinalização celular, como a ativação de enzimas chamadas sirtuínas, que estão envolvidas na regulação do estresse oxidativo e da inflamação. Estudos mostraram que a redução dos níveis de NAD+ está associada ao envelhecimento, e para reverter e/ou minimizar os danos, é fundamental trabalhar o SASP (ciclo circadiano, nad+, antioxidantes, gatilhos inflamatórios, biogênese mitocondrial. PGC 1ª, SIRT). Table of Contents Toggle Suplementação como Estratégia para SASP SASP vs. Uso da Quercetina SASP vs. Uso das Sirtuínas SASP vs. Uso da Cafeína SASP vs. Uso de Ácidos Graxos de Cadeia Curta Estude mais! Suplementação como Estratégia para SASP Para a efetividade da estratégia de preservação da saúde mitocondrial pode ser empregado o uso de suplementos. A coenzima Q10 aparentemente se destaca, se ressalvando alguns polimorfismos, mas podem ser empregados também: CoQ10 (Ubiquinona): 100-600mg Ubiquinol: 10-20%-NQO1 PQQ: 5-50mg Creatina: 3-7g (0,1g/LBM) Ac R-Alpha Lipoico: 100-400mg Acetil L-Carnitina: 500mg Berberina: 200-1000mg Oli-Olá: 300mg Resveravine: 5-30mg Atividade Física Estratégias senolíticas também devem ser implementadas. As células senescentes possuem características histológicas que, pro contexto de modulação do SASP, não são interessantes. Dentre as estratégias senolíticas, o estilo de vida parece desempenhar o papel principal. Assim, um estilo de vida ativo, com prática de exercícios físicos de forma regular, se mostra indispensável. Alguns suplementos também podem ser empregados para estes fins, como a creatina e o ômega 3. Cumpre salientar alguns polimorfismos que fazem do ômega 3 uma suplementação, para estes fins, irrelevante. SASP vs. Uso da Quercetina Dimorphandra mollis Extrato seco 95% Anti-inflamatórias, anti carcinogênico, auxílio do sistema imunológico, atividade antiviral, redução do efeito da formação de cataratas nos diabéticos, hepatoproteção e gastroproteção; Inibição da peroxidação lipídica (proteção do endotélio e do SNC); Tratamentos de problemas circulatórios e capilares; Tratamento de vias respiratórias e alergias; Atividade Antioxidante: redução da oxidação da LDL por macrófagos; Redução da morte de tecido cardíaco; Vitamina C – efeito redutor da oxidação da Quercetina; Diminuição da oxidação da vitamina E; Vasodilatadores, efeitos antitrombóticos (por uma ligação seletiva na parede plaquetária) Alimentos com altas concentrações: maçãs, cebolas, chá e vinho tinto. SASP vs. Uso das Sirtuínas As sirtuínas são um grupo de enzimas dependentes de NAD+ que desempenham papéis importantes na regulação do metabolismo, estresse oxidativo e resposta ao estresse celular. Estudos sugerem que a ativação das sirtuínas, especialmente a sirtuína 1 (SIRT1), pode ter efeitos benéficos na modulação do SASP e no retardamento do envelhecimento. As sirtuínas estão envolvidas na regulação da acetilação de proteínas, incluindo histonas, fatores de transcrição e proteínas envolvidas na resposta inflamatória. Ao modular a atividade das sirtuínas, é possível influenciar a expressão de genes envolvidos no SASP e controlar a resposta inflamatória associada à senescência celular. SASP vs. Uso da Cafeína A cafeína consumida com frequência é reportada por estudos como sendo promotora de desfechos negativos para o metabolismo de células do tecido cerebral, sendo, nesse contexto, contraindicado. SASP vs. Uso de Ácidos Graxos de Cadeia Curta A saúde intestinal é mais uma das preocupações dos profissionais para o controle do SASP. Os ácidos graxos de cadeia curta, acetato, butirato e propionato, desempenham papéis importantes para a fisiologia na senescência, e são produtos do metabolismo microbiótico a partir do consumo de fibras alimentares. Estude mais! Sugestão de Leitura: Senescência e SASP: O que são? Sugestão de Leitura: Polifenóis: Protegem contra o envelhecimento? Assista ao vídeo na plataforma Science Play: SASP: o novo desafio do século XXI? Classifique esse post #antisasp #envelhecimento #sasp