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TEA: Novas Perspectivas sobre a Influência da Epigenética

O Transtorno do Espectro Autista, denominado TEA, é um distúrbio neurológico, que afeta o desenvolvimento e o comportamento do cérebro. Assim, sua natureza hereditária e os fenótipos comórbidos destacam a complexidade desta condição. Além disso, a prevalência do TEA aumentou significativamente nas últimas décadas, sendo três vezes mais comum em homens do que em mulheres. Assim, a busca por compreender seus fatores etiológicos levou a uma crescente atenção aos aspectos genéticos, ambientais e, mais recentemente, epigenéticos. Leia a seguir um pouco mais sobre a influência da epigenética no autismo!


Tabela de conteúdos

Epigenética e TEA

Estudos recentes têm enfatizado as alterações epigenéticas como elementos muito importantes na compreensão da etiologia do TEA. Desse modo, a epigenética refere-se a mudanças impermanentes na regulação da expressão gênica, influenciadas por modificações no DNA, independentemente da sequência de nucleotídeos. A metilação do DNA, em particular, tem sido alvo de investigações, mostrando conexões entre exposições maternas durante a gravidez e as predisposições ao TEA.


Fatores Maternos Pré-natais no TEA

O estudo destaca a importância dos fatores maternos pré-natais, como idade, obesidade e dieta durante a gravidez, na modulação e interação dos mecanismos epigenéticos associados ao TEA. Além disso, evidências apontam para uma ligação entre a metilação do DNA e exposições maternas, tanto durante a gestação quanto no período pós-natal. Ademais, estudos observacionais indicam correlações entre fatores ambientais, estilo de vida materno e o desenvolvimento fetal, impactando o fenótipo atípico do TEA.


Desafios de Pesquisa no TEA

Embora avanços significativos tenham sido alcançados, ainda há lacunas a serem preenchidas, e a identificação específica dos fatores maternos responsáveis pelas alterações epigenéticas no TEA permanece uma questão a ser explorada. Idade materna, dieta, obesidade e outros desequilíbrios hormonais surgem como possíveis influenciadores. Estudos de todo o genoma e investigações mais aprofundadas na inativação do cromossomo X podem fornecer insights adicionais. Além disso, as pesquisas enfatizam a importância dos fatores epigenéticos na compreensão do TEA, particularmente no contexto dos fatores maternos pré-natais.


A conexão entre alterações na metilação do DNA e condições de saúde materna durante a gravidez destaca a necessidade de estudos mais amplos e detalhados. Compreender plenamente esses processos epigenéticos é fundamental para desenvolver estratégias preventivas eficazes. Em última análise, esse conhecimento pode abrir caminho para intervenções precoces e personalizadas, contribuindo para a redução da incidência do TEA e a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos afetados.


Prática Clínica

Em seu consultório, é fundamental trabalhar muito bem o período de preparação materna e paterna por meio de uma boa alimentação e de um estilo de vida saudável, onde ambos estejam em sintonia para que essa gestação possa ser o mais calma e saudável possível. Orientar sobre a importância de dar continuidade ao acompanhamento pré, intra e pós-parto é uma maneira de ter um melhor controle sobre o nível de saúde entre mãe e bebê.

Referências

BALACHANDAR, V.; MAHALAXMI, I.; NEETHU, R.; ARUL, N.; ABHILASH, V.G.. New insights into epigenetics as an influencer: an associative study between maternal prenatal factors in autism spectrum disorder (asd). Neurology Perspectives, [S.L.], v. 2, n. 2, p. 78-86, abr. 2022. Elsevier BV.

Sugestão de Estudo: Tratamento Integrativo no Autismo

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