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Saiba Como a Nutrição Pode Auxiliar na Candidíase

Kcal da Science Play

3 min

28 de jun. de 2022

A candidíase é a doença fúngica mais frequente no mundo, portanto, entender como a nutrição pode auxiliar na prevenção e até mesmo no seu manejo clínico, é essencial. Table of Contents Conceitos Iniciais A Cândida e o Seus Gêneros A Candida albicans Candidíase a Candidíase recorrente Prática clínica Referências Bibliográficas Conceitos Iniciais Como já sabemos, a microbiota intestinal é um conjunto de microrganismos presentes no intestino, dentre eles: as bactérias, protozoários, arqueias, vírus e fungos. Já o microbioma compreende todo o material genético dentro de uma microbiota (toda a coleção de microrganismos em um nicho específico, como o intestino humano) que é diretamente influenciado pelo sistema imunológico, estilo de vida, genética e hábito alimentar. Nesse sentido, existe o microbioma dos fungos, que é composto por todos os fungos presentes nos diversos tecidos corporais. A Cândida e o Seus Gêneros A candida sp. é um fungo naturalmente presente na região genital e na pele de homens e mulheres, Ela é considerada um fungo polimórfico, pois contém duas fases, sendo elas os esporos e as hifas e atua como comensal. Ou seja, é um microrganismo que vive no nosso corpo, e traz benefícios, bem como seu crescimento aumentado resulta na candidíase . Existem diversas espécies como: C. glabrata, C. tropicalis porém, a Candida albicans é a espécie patogênica mais frequentemente isolada. A Candida albicans A Candida albicans é uma espécie que apresenta alto grau de flexibilidade, podendo crescer em ambientes extremamente diferentes quanto à disponibilidade de nutrientes, variação de temperatura, pH e quantidade de oxigênio disponível. Possui alta capacidade de resistência e de formar biofilmes com outras espécies, além de serem altamente adaptáveis ​​e possuírem inúmeras estratégias de sobrevivência, o que contribui, quando há um crescimento excessivo, à alterar sua resistência. Candidíase a Candidíase recorrente A Candida albicans é um dos tipos mais comuns presentes no intestino. Em quantidades elevadas ela pode influenciar a candidíase vaginal, levando a chamada candidíase vulvovaginal, que costuma ser a mais comum. Essa condição pode levar também, a candidíase de repetição, estágio em que a infecção provocada por esse fungo acontece de maneira aguda. Diversos fatores, podem contribuir para o seu desenvolvimento exacerbado, fazendo com que ela comece a desempenhar a função de patógeno, dentre eles podemos destacar: O uso frequente de antibióticos: reduzem a proteção da flora vaginal permitindo a colonização por espécies de Candida ; Padrões alimentares: o alto consumo de açúcares (principal substrato da C.albicans ), alimentos ultraprocessados, baixo consumo de vegetais, pobre em fibras e antioxidantes; Sedentarismo e consumo excessivo de álcool; Uso frequente de anticoncepcionais, antiácidos e corticoides. Prática clínica Como já vimos, os padrões alimentares podem contribuir para que diferentes tipos de fungos colonizem o ambiente intestinal, podendo resultar tanto em um equilíbrio intestinal como em uma disbiose fúngica, síndrome do intestino irritável ou doenças inflamatórias intestinais. Nesse sentido, a nutrição pode contribuir para a modulação intestinal e estratégias específicas conduzidas pelo profissional capacitado nutricionista. Dentre elas podemos destacar: Probióticos: mantém a microbiota equilibrada, deixando menos substratos para o desenvolvimento de fungos por competirem entre si, além de inibir a adesão do fungo na parede vaginal. As cepas mais utilizadas são a de Lactobacillus Crispatus; Alimentos com ação antifúngica : o uso de alho pois possui alicina, princípio ativo que inibe o crescimento fúngico pela distribuição da suas membranas e o óleo de coco, pois possui ácido caprílico, que quando convertidos em monolaurina e monocaprina exercem função antifúngica (rompem membrana que envolve o fungo). Óleos essenciais: possuem atividades antifúngicas: orégano, princípio ativo: carvacrol, tomilho princípio ativo: timol, canela, princípio ativo: transciminaldeido e melaleuca, princípio ativo: 4-terpineol. Evitar na fase ativa da infeção: açúcares, refrigerantes, sucos industrializados, amendoim, milho, castanhas ( mais sensíveis a contaminação fúngica, durante seus processo de produção) e bebidas alcoólicas. Continue Estudando... Sugestão de estudo: O uso de probióticos ajuda na candidíase de repetição? Sugestão de estudo: Ação dos Compostos Bioativos dos Alimentos na Candidíase de Repetição

Sugestão de estudo: Microbiota Intestinal: Fator Chave para Longevidade Referências Bibliográficas BARBOSA, Ana et al . Candida albicans Adaptation on Simulated Human Body Fluids under Different pH. Microorganisms , [S.L.], v. 8, n. 4, p. 511, 3 abr. 2020. MDPI AG. CIUREA, Cristina Nicoleta et al . Candida and Candidiasis—Opportunism Versus Pathogenicity: a review of the virulence traits. Microorganisms , [S.L.], v. 8, n. 6, p. 857, 6 jun. 2020. MDPI AG. MANDRAS, Narcisa et al . The Inhibition of Non-albicans Candida Species and Uncommon Yeast Pathogens by Selected Essential Oils and Their Major Compounds. Molecules , [S.L.], v. 26, n. 16, p. 4937, 15 ago. 2021. MDPI AG. SANTOS, Giselle C. de Oliveira et al . Candida Infections and Therapeutic Strategies: mechanisms of action for traditional and alternative agents. Frontiers In Microbiology , [S.L.], v. 9, n. [], p. 1-23, 3 jul. 2018. Frontiers Media SA.