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  • Foto do escritorKcal da Science Play

Alimentação e Depressão: Qual a relação?

A depressão é uma doença multifatorial, por isso, é preciso compreender a relação entre nutrientes e saúde mental.  O cenário mudou, visto que doenças que não eram consideradas doenças no passado, hoje são as principais causadoras de morte no mundo, como por exemplo a hiperglicemia e obesidade. 

A partir disso nos deparamos com diversas pessoas fazendo tratamentos e utilizando medicações para depressão, ansiedade e esquizofrenia. No entanto, como o nutricionista deve lidar com a crescente expressiva no número de pacientes depressivos? 



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Pré-Natal na Depressão

Quando as demandas nutricionais não são atendidas via alimentação, é preciso complementar com suplementação, para evitar a deficiência de ácido fólico, ômega 3 e ferro durante a fase gestacional e assim promover uma gestação e desenvolvimento fetal adequado. Entretanto, após o nascimento o cérebro humano se desenvolve pelo menos até os 30 anos de idade, fato que explica a importância de uma alimentação e estilo de vida saudável a fim de evitar o desenvolvimento de doenças psiquiátricas como a depressão.

Adolescência e Depressão 

Os problemas envolvidos em restringir a quantidade calórica e qualidade alimentar de adolescentes em desenvolvimento, está no potencial ativação de gatilhos para transtornos alimentares. Por isso, quando identificado, é preciso solicitar acompanhamento de psicólogos e psiquiatras que frisem a importância, de modo a dar voz à nutrição.

Dessa forma, a literatura demostra a relação existente entre depressão e genética. Diversos estudos mostram que quando isso acontece temos uma alteração de alarminas, moléculas que vão fazer uma alteração gênica. Contudo, a alimentação é uma via para alterar a expressão do gene

Por isso, na mesma direção, também é necessário atentar-se à importância da mudança de ambiente, visto que o cérebro possui capacidade de responder ao meio e assim influencia as citocinas periféricas, podendo ser uma forma viável de reduzir os sintomas da depressão.

Alimentação na Depressão: Protetora ou Neurotóxica?

A resposta é clara: depende da forma como se utiliza os nutrientes. Visto que, não existe uma única causa para doenças neurodegenerativas mas sim um contexto multifatorial, existentes desde o desenvolvimento fetal, no qual a alimentação da mãe irá ser de suma importância, influenciando o desenvolvimento e estilo de vida das pessoas por toda a vida.

Sendo assim, uma alimentação baseada na dieta mediterrânea e suplementação de ômega 3, está associado a um quadro inflamatório reduzido. Entretanto, ainda existem pacientes que possuem depressão mas não um quadro inflamatório, fazendo-se necessário observar todos os pilares da vida da pessoa para além da alimentação como IMC, suporte emocional, exercício físico e estilo de vida.

Prática Clínica

O profissional deve estar a atento e sempre em busca de entender como o comportamento, genética e estilo de vida influenciam o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, a fim de promover melhora da qualidade de vida de pacientes com depressão ou até mesmo usar do estilo de vida como um meio para prevenir o surgimento de quadros psiquiátricos em decorrência da vida moderna.

Referências Bibliográficas

Assista ao vídeo com a nutricionista Roberta Carbonari na plataforma Science Play – Disfunção metabólica e depressão: o que vem primeiro e qual o papel da nutrição?

Nikolova VL, Smith MRB, Hall LJ, Cleare AJ, Stone JM, Young AH. Perturbations in Gut Microbiota Composition in Psychiatric Disorders: A Review and Meta-analysis. JAMA Psychiatry. 2021 Dec 1;78(12):1343-1354. doi: 10.1001/jamapsychiatry.2021.2573. Erratum in: JAMA Psychiatry. 2021 Nov 3;: Erratum in: JAMA Psychiatry. 2022 Dec 1;79(12):1241. PMID: 34524405; PMCID: PMC8444066.

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