top of page
  • Foto do escritorKcal da Science Play

Entenda a Endocrinologia do Estresse e Depressão

O Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em índices de estresse relacionado ao trabalho, conhecido como Síndrome de Burnout, afetando cerca de 32% da população. Além disso, alguns dados indicam que até 90% da população sofre de estresse, ansiedade ou depressão. Além disso, o país lidera em prevalência de depressão nas Américas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Dessa forma, pode-se considerar que o Brasil enfrenta agora uma segunda pandemia, a da Saúde Mental. O impacto emocional das perdas familiares, o medo, a falta de socialização e a instabilidade no trabalho têm aumentado os níveis de estresse e sofrimento psíquico dos brasileiros. Isso leva a um aumento preocupante nos transtornos ansiosos e depressivos após a pandemia da COVID-19.



Table of ContentsToggle

Medicação e Qualidade de Vida

Apesar de o Brasil ter um bom acesso a medicamentos, a prescrição e o uso de medicamentos, como antidepressivos, não têm proporcionado os benefícios esperados em termos de qualidade de vida. Em outras palavras, o uso de medicamentos por si só não está associado a uma melhora significativa na qualidade de vida em comparação com aqueles com depressão que não fazem uso de medicamentos.

Depressão, Ansiedade e Estresse

Estresse, ansiedade e transtornos depressivos muitas vezes compartilham a ativação do eixo de estresse, o que resulta em sintomas semelhantes em algum momento desses transtornos. Eles estão interligados e podem ocorrer simultaneamente ou em sequência. O diagnóstico de depressão e ansiedade é baseado na observação do paciente e em entrevistas com o paciente e sua família, mas não é um procedimento perfeito.

É importante notar que há uma estreita correlação entre ansiedade, depressão e estresse, e a avaliação do impacto do estresse requer uma compreensão dos eixos hormonais e nutrientes. Portanto, exames laboratoriais desempenham um papel relevante no tratamento dos sintomas depressivos e de ansiedade.

Prática Clínica

Para um tratamento mais eficaz dos sintomas de depressão e ansiedade, o profissional da saúde deve compreender a biogênese das mitocôndrias celulares, sua produção de hormônios e nutrientes importantes para o funcionamento do organismo. Estratégias como jejum, controle de dieta, gerenciamento de estresse e exercícios físicos moderados a intensos podem otimizar a saúde mitocondrial, contribuindo para a melhoria desses sintomas.

Também é possível utilizar marcadores salivares, como cortisol, lisozima, alfa-amilase e cromogranina A, para diferenciar a depressão do estresse. Por fim, a aromaterapia tem demonstrado eficácia no alívio da ansiedade, especialmente em situações temporárias, e pode ser útil como um complemento ao tratamento.

Matéria elaborada pela colunista Sara Gonçalves, com base na palestra do médico Victor Sorrentino.

Classifique esse post

10 visualizações
bottom of page