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Fadiga Associada a Doença Inflamatória Intestinal

Brunno Falcão

2 min

6 de mai. de 2023

A doença inflamatória intestinal é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, com sintomas que incluem dor abdominal, diarréia e hematoquezia. Além desses sintomas físicos, também pode ter manifestações mentais e neuropsiquiátricas, como fadiga. A fadiga é um dos sintomas mais frequentes relatados por pacientes com doença inflamatória intestinal, e seu impacto pode ser significativo, levando à redução da qualidade de vida, diminuição da produtividade no trabalho e diminuição do funcionamento social. Table of Contents Toggle Como identificar a fadiga? Porque os pacientes com DII se queixam de fadiga? Prática Clínica  Referências Bibliográficas  Como identificar a fadiga? A fadiga é um fenômeno complexo e multifatorial que pode envolver fatores mentais e físicos. Refere-se a uma sensação de exaustão ou falta de energia desproporcional ao nível de esforço físico, podendo limitar as atividades diárias.  Ao contrário do cansaço normal, a fadiga pode não ser aliviada pelo repouso. A fadiga tem sido definida como uma sensação persistente e avassaladora de cansaço, fraqueza ou exaustão que pode ser física, mental ou ambas.  No entanto, ainda não existe uma definição padronizada de fadiga e não existem critérios de diagnóstico ou ferramentas de medição amplamente aceitos para avaliar a fadiga. Isso dificulta os esforços para entender sua patogênese e dificulta o desenvolvimento de tratamentos eficazes. Porque os pacientes com DII se queixam de fadiga? A prevalência de fadiga em pacientes com DII é alta, com estudos relatando taxas de mais de 80% entre pacientes com a doença na fase ativa e 40% entre aqueles em remissão. Essas taxas são muito superiores às observadas em indivíduos saudáveis, destacando o impacto significativo da fadiga no corpo e na mente desses pacientes independentemente do nível de atividade da doença. Estudos anteriores investigaram os fatores físicos associados à fadiga em pacientes com DII e relataram vários fatores significativos, incluindo atividade inflamatória da doença, anemia, uso de medicação, como corticosteroides e imunomoduladores, IMC e nível de atividade física. Fatores psicossociais, como ansiedade, depressão ou distúrbios do sono, também foram sugeridos como fatores associados.  Embora os mecanismos exatos subjacentes à fadiga não sejam bem compreendidos, acredita-se que ela envolve uma complexa interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais. Inflamação crônica, distúrbios do sono e estresse psicológico são alguns dos fatores que têm sido implicados no desenvolvimento de fadiga em várias condições médicas, incluindo DII. Prática Clínica  A fadiga é um sintoma comum e debilitante em pacientes com DII, com consequências negativas significativas na qualidade de vida. Apesar de sua importância, a fadiga é frequentemente negligenciada e difícil de tratar. Os estudos mostraram que a atividade moderada a grave da doença foi independentemente associada ao aumento da fadiga geral e física, enquanto o uso de biológicos foi associado à diminuição da fadiga. Além disso, a depressão esteve principalmente relacionada à redução da motivação nos diferentes níveis de fadiga.  Referências Bibliográficas  Sugestão de estudo: Dieta e Modulação Intestinal – Science Play Assista o vídeo na Science Play com Geovana Leite: A Importância da Microbiota Intestinal ao Desempenho Esportivo Artigo: Lee HH, Gweon T-G, Kang S-G, Jung SH, Lee K-M, Kang S-B. Assessment of Fatigue and Associated Factors in Patients with Inflammatory Bowel Disease: A Questionnaire-Based Study. Journal of Clinical Medicine. 2023; 12(9):3116. https://doi.org/10.3390/jcm12093116 Classifique esse post #doençainflamatoriaintestinal #fadiga #intestino