Fotoprotetores Orais: Você sabe o que é?
Brunno Falcão
2 min
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24 de jun. de 2023
A utilização de protetores solares é uma parte importante da primeira linha de prevenção do envelhecimento e do câncer de pele. A fotoproteção tópica geralmente é realizada pela aplicação de uma fina camada de um absorvente de radiação ultravioleta na pele antes da exposição solar. Apesar da incorporação de novas tecnologias e abordagens inovadoras na fotoproteção tópica, seu uso inadequado e a falta de otimização ainda limitam a utilidade dos protetores solares. O que torna propício a discussão acerca do desenvolvimento de fotoprotetores orais. Table of Contents Toggle Fotoprotetores Solares Tópicos
Fotoprotetores Orais Prática Clínica Referências Bibliográficas Fotoprotetores Solares Tópicos
Os protetores solares tópicos apresentam limitações, principalmente a meia-vida curta na pele, o que destaca a necessidade da reaplicação frequente e possíveis efeitos colaterais. Apesar do uso generalizado de protetores solares, as queimaduras solares permanecem comuns. Por outro lado, os fotoprotetores orais não protegem diretamente a pele contra os danos induzidos por raios UV; portanto, são pouco eficazes contra o eritema e outros efeitos deletérios causados pelo sol. No entanto, eles possuem várias vantagens, principalmente sua facilidade de uso. Além disso, sua eficiência não é alterada por condições externas, suas meias-vidas podem ser determinadas farmacologicamente e seus efeitos não dependem do grau de absorção pela pele. Fotoprotetores Orais A ideia geral é que os agentes fotoprotetores orais precisam fornecer proteção uniforme da pele para serem úteis na prevenção primária do câncer de pele e do fotoenvelhecimento. Esses produtos fotoprotetores orais geralmente contém um ou mais princípios ativos que ativam diferentes mecanismos de fotoproteção, principalmente aqueles relacionados às suas ações antioxidantes. Essas substâncias agem aumentando a eficácia antioxidante do corpo após a perda de antioxidantes endógenos após a exposição à raios UV. A radiação UV induz danos ao DNA, desencadeia fenômenos inflamatórios e promove o crescimento tumoral. Também contribui para o envelhecimento através de alterações na remodelação do colágeno e deleção mitocondrial. A maioria desses efeitos prejudiciais é mediada principalmente pelo estresse oxidativo. Algumas dessas substâncias também reduzem a imunossupressão induzida por raios UV. Os elementos incluem carotenóides como o β-caroteno, licopeno, luteína, astaxantina, e zeaxantina; vitaminas como a nicotinamida, vitamina C, vitamina D, vitamina E; ômega 3, idebenona, probióticos, polifenóis do chá verde, polifenóis do cacau, polifenóis da toranja e resveratrol. Prática Clínica A suplementação oral visa combater os efeitos a longo prazo da exposição solar. Muitos desses efeitos estão relacionados à imunossupressão, inflamação crônica e fotocarcinogênese. A visão atual de muitos grupos de pesquisa, é que esse campo em desenvolvimento precisa do estabelecimento de padrões sólidos para permitir uma avaliação rigorosa da eficácia da fotoproteção oral. Estes precisam incluir medidas de atividade antioxidante, capacidade antimutagênica e função anti-imunossupressora. Ressalta-se que a fotoproteção tópica não deve ser substituída pela oral, mas sim feita em conjunto. Referências Bibliográficas Sugestão de Leitura: Papel dos antioxidantes na fertilidade feminina Sugestão de Leitura: Antioxidantes melhoram a performance esportiva? PARRADO, Concepción; PHILIPS, Neena; GILABERTE, Yolanda; JUARRANZ, Angeles; GONZÁLEZ, Salvador. Oral Photoprotection: effective agents and potential candidates. Frontiers In Medicine, [S.L.], v. 5, art. 188, 26 jun. 2018. Frontiers Media SA. http://dx.doi.org/10.3389/fmed.2018.00188 . Classifique esse post #fotoproteção #fotoproteçãooral