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Garra do Diabo: O que é e por que usar?

Brunno Falcão

3 min

16 de out. de 2023

A inflamação é um complexo mecanismo fisiológico de resposta do corpo a estímulos prejudiciais, incluindo patógenos, substâncias tóxicas e danos teciduais. Ela desempenha um papel crítico na defesa do organismo e na promoção da recuperação e homeostase dos tecidos.  Ela pode ser categorizada como aguda ou crônica, com esta última associada a várias doenças, incluindo Alzheimer, obesidade, artrite reumatóide, diabetes tipo 2, câncer e doenças cardiovasculares e pulmonares. As doenças inflamatórias crônicas representam uma grande ameaça à saúde global, contribuindo significativamente para a mortalidade. Atualmente, a maioria dos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são extremamente custosos e podem causar efeitos colaterais graves, como insuficiência cardíaca, lesões gastrointestinais e insuficiência renal e hepática. Isso levou os pesquisadores a buscar alternativas naturais para combater a inflamação. Conheça um fitoterápico alternativo abaixo! Table of Contents Toggle Origem do “Garra do Diabo” e Efeitos na Inflamação  Prática Clínica Referência Bibliográfica Origem do “Garra do Diabo” e Efeitos na Inflamação  Um exemplo de abordagem alternativa é o uso de plantas medicinais, como o Harpagophytum procumbens, conhecido como “garra do diabo”. Essas plantas têm sido historicamente utilizadas por populações nativas sul-africanas e representam uma fonte valiosa de tratamento para várias condições de saúde. A garra do diabo é reconhecida como um analgésico terapêutico e é usada no tratamento da artrite. Além disso, essa planta tem sido empregada para tratar diversas condições, como infecções do trato urinário, feridas, febre, dispepsia, doenças sanguíneas, dor pós-parto, entorses e úlceras.  Seus efeitos anti-inflamatórios e analgésicos levaram ao seu uso em vários países, incluindo o Reino Unido, Holanda, Estados Unidos e Extremo Oriente, onde é registrado como suplemento alimentar para condições artríticas degenerativas. Na Alemanha e na França, é considerado um importante medicamento fitoterápico. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) liberou o uso de H. procumbens como um fitoterápico para o alívio de dores articulares leves e dores agudas nas costas. Esta planta é utilizada em diferentes formas, como infusões, decocções, tinturas, pós e extratos. Além disso, é conhecida por ter propriedades laxantes suaves. Estudos recentes mostraram que o extrato de H. procumbens, quando combinado com morfina, demonstrou resultados sinérgicos no alívio da dor neuropática, com menos efeitos colaterais. Além disso, uma formulação de creme à base de H. procumbens mostrou eficácia no tratamento de dores no pescoço e ombros, melhorando a força, mobilidade e capacidade de trabalho dos participantes após duas semanas de uso.  Prática Clínica Na prática clínica, a garra do diabo é frequentemente empregada no tratamento de diversas condições, incluindo dor nas articulações (artrite), dores nas costas, dor muscular, dor neuropática, inflamação e desconforto associado a lesões esportivas ou tensão muscular.  Essa planta medicinal está disponível em várias formulações, tais como cápsulas, comprimidos, tinturas, cremes e géis. A escolha da formulação e a dosagem apropriada dependem da condição médica em questão e das preferências do paciente.  No entanto, é importante observar que, em alguns casos, o uso da garra do diabo pode resultar em efeitos colaterais leves, como distúrbios gastrointestinais. Portanto, indivíduos com úlceras pépticas, alergias à planta e gestantes devem evitar seu uso. Além disso, é crucial estar ciente de que a garra do diabo pode interagir com outros medicamentos, tornando essencial avaliar minuciosamente os riscos em pacientes que já estão em tratamento com outras substâncias. Por último, é importante destacar que o uso de fitoterápicos na prática clínica deve ser supervisionado por um profissional de saúde qualificado. Esse profissional pode avaliar a condição clínica específica do paciente, considerar alternativas de tratamento e garantir um acompanhamento adequado. Cada indivíduo é único, e o tratamento deve ser adaptado às suas necessidades individuais e circunstâncias de saúde. Referência Bibliográfica Sugestão de Leitura:  Qual o papel dos medicamentos fitoterápicos de passiflora para ansiedade?

GXABA, Nomagugu; MANGANYI, Madira Coutlyne. The Fight against Infection and Pain: devil⠹s claw (harpagophytum procumbens) a rich source of anti-inflammatory activity. Molecules, [S.L.], v. 27, n. 11, p. 3637, 6 jun. 2022. MDPI AG.  Classifique esse post #garradodiabo #inflamação