A prática esportiva é uma parte fundamental de um estilo de vida saudável e ativo, mas também traz consigo o risco de lesões. A segurança durante a prática esportiva é essencial para garantir a participação contínua e o bem-estar físico dos atletas. Neste contexto, a prevenção, redução e controle de lesões esportivas são metas cruciais para promover a saúde e a qualidade de vida da sociedade. Ao entender as especificidades das lesões associadas a diferentes esportes, podemos desenvolver estratégias eficazes para minimizar esses riscos e permitir que os praticantes desfrutem de seus esportes favoritos com segurança.
Como ocorre a lesão?
Rápidas mudanças físicas, juntamente com tarefas esportivas repetitivas, como correr e arremessar acima da cabeça, são comumente relacionadas ao surgimento de lesões físicas em atletas jovens. As lesões por repetição são resultado da execução recorrente de movimentos específicos durante a prática esportiva, desenvolvendo-se ao longo do tempo devido ao estresse contínuo nos tecidos moles, músculos, tendões, ossos ou articulações.
Atletas engajados em esportes de endurance, como corrida, ciclismo e natação, estão especialmente propensos a esse tipo de lesão, devido à natureza repetitiva e prolongada dessas atividades. A combinação de movimentos repetitivos com fatores como falta de técnica adequada, sobrecarga excessiva, falta de descanso e recuperação inadequada pode levar a danos progressivos nos tecidos e ao desenvolvimento de lesões como tendinites, fascite plantar e síndrome da banda iliotibial.
Tipos de Lesões
Lesões na extremidade inferior geralmente surgem quando há um estresse excessivo em áreas com grandes inserções tendíneas. Durante a infância, a doença de Osgood-Schlatter, a doença de Sever e a síndrome de Sinding-Larsen-Johansson são três das lesões fisárias por uso excessivo mais comuns.
Por outro lado, as lesões por uso excessivo na extremidade superior ocorrem devido ao excesso de compressão ou forças de tração aplicadas a uma articulação durante a prática esportiva. O punho, o ombro e o cotovelo são áreas onde essas lesões são altamente prevalentes e frequentemente discutidas na literatura esportiva.
Prevenção de Lesões
As estratégias de prevenção enfatizadas na literatura destacam a correção de fatores de risco modificáveis, como déficits na flexibilidade do tronco e das extremidades inferiores, frequentemente associados às rápidas mudanças no crescimento físico durante a infância e adolescência. Recomenda-se também a implementação de programas elaborados para aumentar a resistência cardiovascular e corrigir erros no treinamento físico, como medidas preventivas para esse tipo de lesão.
Prática Clínica
A maioria dos estudos recomenda um período de descanso ativo de 3 a 5 meses, durante o qual as atividades esportivas específicas devem ser completamente interrompidas para os atletas com lesões nas extremidades inferiores. As estratégias de tratamento para todas as lesões por uso excessivo nas extremidades superiores geralmente envolvem um período prolongado de repouso ativo.
Após uma lesão, é recomendado que os atletas realizem repouso ativo seguido de treinamento específico para o esporte, a fim de garantir uma cura adequada e a resolução dos sintomas. Independentemente da abordagem de tratamento adotada, é importante que um atleta não retorne completamente ao esporte até que os sintomas estejam completamente resolvidos.
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Referências Bibliográficas
ARNOLD, Amanda; THIGPEN, Charles A.; BEATTIE, Paul F.; KISSENBERTH, Michael J.; SHANLEY, Ellen. Overuse Physeal Injuries in Youth Athletes. Sports Health: A Multidisciplinary Approach, [S.L.], v. 9, n. 2, p. 139-147, 6 fev. 2017. SAGE Publications.