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Nutrição Como Peça-Chave no Estresse

Brunno Falcão

2 min

30 de mar. de 2023

A Associação Internacional do Controle do Estresse diz que 72% dos trabalhadores brasileiros estão estressados. Dentre estes, pessoas com obesidade, depressão e ansiedade se mostraram metabolicamente mais estressadas. Qualquer estímulo intrínseco ou extrínseco que evoque uma resposta biológica é conhecido como estresse. As respostas compensatórias a esses estresses são conhecidas como “respostas ao estresse”. Com base no tipo, tempo e gravidade do estímulo aplicado, o estresse pode exercer várias ações no corpo. Sendo assim, cabe ao nutricionista minimizar os impactos do estresse no organismo através de estratégias nutricionais. Table of Contents Toggle Cortisol e Estresse Prática Clínica Referências Bibliográficas Cortisol e Estresse Hormônio glicocorticóide, secretado em situações estressoras, promove aumento do estado “alerta”, regulação da glicemia e pressão arterial. Além disso, melhora o humor, e pode apresentar atividade anti-inflamatória, controle de memória e regular atuação do sistema cardiovascular. Contudo, o excesso de cortisol pode causar compulsão por doces, resistência a insulina, amenorreia, obesidade central. Sendo assim, o paciente estressado geralmente apresenta como sintomatologia queixas como fadiga, letargia, sensação de cansaço, hipoglicemia, desejo por alimentos hiper palatáveis, alergias e/ou sensibilidades alimentares.  Atualmente, existe um exame bioquímico para mensurar os níveis de cortisol plasmático bem como auxiliar na identificação desse quadro estressor. Para esse, temos as seguintes interpretações:  < 3 mcg/dL: Sugestivo de insuficiência adrenal, < 10 mcg/dL: Provável insuficiência adrenal. < 18 mcg/dL: Em quadros de doença, estresse ou com ACTH elevado, altamente sugestivo de insuficiência adrenal. Prática Clínica Uma das estratégias que o nutricionista pode usar para a remissão dos níveis de cortisol é garantir a ingestão adequada de alimentos fonte de selênio, vitamina E e C. Pessoas com essas deficiências nutricionais não possuem capacidade adequada de defesa imunológica, podendo apresentar quadros de dores bem como aumento da intensidade dessa que, por sua vez, indica um eixo HPA disfuncional, possíveis desregulações tireoidianas que culminam na manutenção do quadro inflamatório. Por fim, é de suma importância a adoção de dieta com caráter anti-inflamatório, associado à suplementação de zinco, vitaminas do complexo B (principalmente, B1, B3, B6),  magnésio, vitamina D, alcaçuz, taurina e ômega 3 a fim de conter a inflamação. Outra sugestão é a utilização de fitoterápicos como Relora e estratégias ayurvédicas. Referências Bibliográficas Sugestão de Leitura: Será que o estresse está mesmo associado ao ganho de gordura corporal? Assista ao vídeo da série Suplementação no Endurance com o nutricionista Fellipe Savioli na plataforma Science Play – Suplementação no Endurance: Evidências Científicas Yaribeygi H, Panahi Y, Sahraei H, Johnston TP, Sahebkar A. The impact of stress on body function: A review. EXCLI J. 2017 Jul 21;16:1057-1072. doi: 10.17179/excli2017-480. PMID: 28900385; PMCID: PMC5579396. Classifique esse post #estresse #estresseenutricao