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  • Foto do escritorKcal da Science Play

Otimizando os nutrientes para promoção de saúde mental

“Saúde Mental é um estado de bem estar onde cada indivíduo atinge seu próprio potencial, está apto para lidar com o estresse normal da vida, trabalhar produtivamente e contribuir para sua comunidade e enfrentar adversidades implica reavaliar trajetórias e, por vezes, mudar de carreira. Nesse processo, é fundamental preservar a saúde mental, cultivando resiliência.”

Saúde Mental


As recentes evidências científicas destacam a resiliência como um processo ativo e adaptativo. Para estimulá-la, podemos explorar vias biológicas que promovam a flexibilidade cognitiva, favorecendo a saúde mental. Um cérebro resiliente é caracterizado por uma boa capacidade de adaptação e flexibilidade cognitiva, aspectos essenciais para lidar eficazmente com as experiências da vida.


Assim,  a resiliência desempenha um papel crucial na forma como lidamos com esses desafios. A memória, além de reter informações como a fórmula de Bhaskara, é uma ferramenta fundamental que utilizamos diariamente para gerenciar e mitigar o estresse.  Ela nos auxilia na otimização de nossas decisões, determinando quando devemos agir ou recuar, influenciando diretamente nossa saúde mental e bem-estar.


Nesse contexto, para estimular a capacidade cognitiva, é imperativo reconhecer a complexidade subjacente à saúde mental e ao funcionamento cerebral, que abarcam uma gama diversificada de elementos. Este entendimento pressupõe a implementação de um conjunto abrangente de intervenções destinadas a potencializar a capacidade cognitiva. Nutrientes desempenham um papel crucial nesse processo, representando componentes-chave na manutenção da saúde mental.


Notou-se que o alimento frequentemente buscado pelo paciente em busca de conforto emocional pode, paradoxalmente, resultar em disfunção intestinal significativa. Tal dinâmica ressalta a interconexão complexa entre alimentação, saúde mental e funcionamento fisiológico, exigindo uma abordagem multidisciplinar e cuidadosa para promover um equilíbrio adequado entre esses aspectos essenciais para o bem-estar humano.


Estudo de Caso 


Em um estudo recente, investigando os correlatos nutricionais da capacidade cognitiva, os pesquisadores observaram uma associação positiva entre o consumo de vegetais folhosos e a preservação da função cerebral ao longo do tempo. Especificamente, descobriu-se que os indivíduos que incorporam regularmente duas porções de frutas e duas porções de vegetais em sua dieta diária demonstravam uma maior resiliência cognitiva. Além disso, foi observado que a inclusão de uma porção de "berries" e o consumo de 50g de chocolate com teor de cacau de 70% diariamente, por um período de dois meses, exerciam um efeito positivo adicional sobre a função cognitiva. 


Esses resultados sugerem que a adoção de uma dieta rica em frutas, vegetais e produtos com alto teor de cacau pode desempenhar um papel significativo na promoção da saúde cerebral e na preservação da capacidade cognitiva ao longo do envelhecimento.


Suplementação


O uso de suplementos nutricionais é uma ferramenta adicional que pode aumentar a eficácia do tratamento, resultando em respostas mais rápidas por parte do paciente. No entanto, é importante reconhecer que os suplementos não são a única abordagem terapêutica disponível. Eles são utilizados para complementar outras intervenções e podem melhorar a assertividade das prescrições médicas.


“O suplemento é o vento a favor para quem já entendeu a necessidade de pedalar”. 


Como selecionar os suplementos de maneira assertiva?


O cérebro, muitas vezes subestimado em comparação com outros órgãos como o intestino, desempenha um papel central e complexo em nossa saúde e bem-estar. Tanto os medicamentos quanto o ambiente podem exercer influência significativa sobre seu funcionamento. 


Por exemplo, embora o estresse seja comumente associado à hiperatividade, é importante reconhecer que fatores emocionais, como sentimentos de culpa ou falta de afeto, também podem desempenhar um papel importante.


Além disso, considerando que o cérebro consome uma proporção significativa da energia corporal, consumindo  20% da nossa energia do nosso corpo durante o dia é fundamental entender como o equilíbrio energético afeta condições como TDAH e ansiedade, pois isso pode ter implicações diretas na função cerebral e na saúde mental.


Posologia 


A utilização de creatina demonstrou efeitos positivos devido à presença de transportadores no Sistema Nervoso Central. Em um estudo com dois grupos de mulheres - um utilizando apenas antidepressivo e outro combinando antidepressivo com creatina - o segundo grupo apresentou melhorias em um período de tempo mais curto, mostrando uma resposta mais eficaz ao tratamento.


Quanto à preocupação com a saúde renal, não há interferência do uso de creatina no funcionamento dos rins. A dose recomendada de creatina é de 100mg/mg/kg/dia, dividida em 2 ou 3 tomadas diárias.


O magnésio é amplamente utilizado para tratar enxaquecas, ansiedade, depressão e outras condições. É considerado um suplemento seguro devido à alta UL (Limite Máximo de Tolerância). Estudos em ratos mostraram que a suplementação de magnésio quelato, treonato ou taurato resultou em um aumento do aporte de magnésio no Sistema Nervoso Central.


Para a suplementação de magnésio, sugere-se:

  • Magnésio (quelato) 150mg: Tomar 2 doses/dia.

  • Magnésio (treonato) 150mg: Tomar 2 doses/dia.

  • Magnésio (taurato) 150mg: Tomar 2 doses/dia.


Quanto à CoQ10 (coenzima Q10), sugere-se o suplemento MaxSolve® 15g, com uma posologia de 5 gotas (50mg de CoQ10) na água ou outra bebida de preferência, 2 vezes ao dia. Cada gota de MaxSolve™ contém 10mg de CoQ10.

Prática Clínica


É importante destacar que a saúde mental é influenciada por vários fatores, incluindo a dieta. Recomenda-se que o paciente considere os alimentos como parte de sua solução para a saúde mental. Além disso, é papel do nutricionista adaptar as recomendações de acordo com a realidade financeira do paciente, podendo ajustar as doses ou combinações de suplementos conforme necessário.


Além das terapias mencionadas anteriormente, é fundamental demonstrar empatia com os pacientes. Um estudo observou melhorias significativas em comportamentos associados à solidão, ansiedade, depressão e saúde mental em pacientes que receberam ligações diárias para conversas com escuta empática ao longo de 4 semanas.

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Sugestão de leitura: Saúde Mental




Referências Bibliográficas


RICHARDS, Blake A.; FRANKLAND, Paul W.. The Persistence and Transience of Memory. Neuron, [S.L.], v. 94, n. 6, p. 1071-1084, jun. 2017. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.neuron.2017.04.037.

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