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  • Foto do escritorKcal da Science Play

TDAH e Fatores Dietéticos: o que realmente influencia?

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) consiste em um transtorno do neurodesenvolvimento, o qual apresenta desatenção, impulsividade e hiperatividade como sintomatologia característica do quadro. É marcado por prejuízos relacionados a períodos de atenção, no manejo dos impulsos e nível de atividade. Desse modo, entenda abaixo a relação entre TDHA e fatores dietéticos.

Sendo assim, pode-se dizer que consistem em um transtorno complexo e heterogêneo, de natureza crônica, de etiologia multifatorial, principalmente devido a fatores genéticos e ambientais. Atualmente, é um dos transtornos neuropsiquiátricos mais frequentes e, embora comum na infância e adolescência, muitos adultos vêm sendo diagnosticados levando-se em consideração a persistência dos sintomas.

De forma análoga, é observado que crianças em idade pré-escolar com diagnóstico de TDAH têm maior probabilidade de se tornarem socialmente ou academicamente ineficientes, enquanto os adolescentes tendem ao risco de abusos de substâncias como álcool e nicotina, além da maior probabilidade de se envolverem em comportamentos promíscuos. Dessa forma, o crescente número de diagnósticos torna a discussão acerca do papel de intervenções dietéticas e suplementação no manejo do quadro oportuno. 



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Ácidos Graxos: Ômega-3 e 6

A literatura demonstra baixos níveis de ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs) de cadeia longa (LC) no plasma e nos glóbulos vermelhos de crianças com TDAH quando comparado com grupos saudáveis. Os mecanismos potenciais que levam a estes níveis anormais de ácidos graxos essenciais (EFA) em pacientes com TDAH podem incluir ingestão reduzida, conversão reduzida de EFA para LC-PUFAs bem como metabolismo aumentado dessas moléculas. 

Com base nos relatos de eficácia e segurança, utilizamos doses de 300 a 600 mg/dia de ômega 3 e 30 a 60 mg/dia de ômega 6. Entretanto, em quase todos os casos para que o tratamento seja administrado de forma eficaz, a medicação também é necessária. 

Ferro

A deficiência de ferro está associada a vários distúrbios neurológicos além de existirem diversos relatos de baixa ferritina sérica em crianças com distúrbios cognitivos e de aprendizagem, além de ser correlacionada com a linha base em atenção, hiperatividade, impulsividade e também por interagir com as doses de anfetamina, otimizando respostas clínicas. Por isso, torna-se indispensável incluir a dosagem de ferritina sérica na bateria de exames laboratoriais solicitados. Para tal, sugere-se uma faixa de controle dos níveis de ferritina sérica de 300 ng/mL, com um mínimo de 22 ng/mL em homens e 10 ng/mL em mulheres. 

Zinco 

É encontrado em diversos estudos relatórios sobre a deficiência de zinco no TDAH visto que é demonstrado baixos níveis no soro, glóbulos vermelhos, cabelo, urina e unhas de crianças afetadas. Ademais, o zinco é um cofator para o metabolismo de neurotransmissores e ácidos graxos além de estar envolvido na regulação do metabolismo da dopamina que está diretamente envolvido no TDAH. 

Prática Clínica

TDHA e fatores dietéticos: no que se trata da prática clínica é possível observar que um padrão dietético “saudável” contendo fibras, folato e ácidos graxos ômega 3 mostra-se eficaz no tratamento e remissão do TDAH. Além disso, pacientes com deficiências conhecidas e suplementados com ferro e zinco tendem a apresentar melhor eficácia na terapia estimulante. 

Referências Bibliográficas

Assista ao vídeo do Nutricionista Pedro Carrera  na plataforma Science Play – Sinergismo na Prescrição de Micronutrientes

Millichap JG, Yee MM. The diet factor in attention-deficit/hyperactivity disorder. Pediatrics. 2012 Feb;129(2):330-7. doi: 10.1542/peds.2011-2199. Epub 2012 Jan 9. PMID: 22232312.

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