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  • Foto do escritorKcal da Science Play

Neurobiologia do Comportamento Humano: Desvendando a Fisiologia das Escolhas dos Hábitos

O comportamento alimentar está intrinsecamente ligado à fisiologia das escolhas e dos hábitos dos indivíduos. Nosso cérebro, uma máquina complexa, orquestra todas as funções do nosso corpo e mente. Nossas emoções são traduzidas em respostas fisiológicas, dependentes dos níveis flutuantes de neurotransmissores. 


Dois dos principais hormônios que influenciam as escolhas alimentares são a Dopamina e a Serotonina; se o paciente não possui níveis adequados desses hormônios, pode buscar supri-los através da alimentação. Portanto, compreender o comportamento alimentar e o impacto dos hormônios no organismo humano é essencial para uma conduta eficaz no consultório.


A neuroplasticidade refere-se à capacidade do cérebro de se organizar e adaptar ao longo da vida. Embora seja mais pronunciada no início da infância, é possível estimular essa capacidade na vida adulta, adotando diferentes abordagens para formar novas conexões neurais. Ao incentivar essas mudanças e colocá-las em prática, o cérebro reconhece que hábitos antigos podem ser substituídos por novos, promovendo assim uma melhor adaptação e aprendizado ao longo do tempo.


Componentes do Hábito


  • Criação de um padrão de comportamento;

  • Ativação de circuitos neurais;

  • Fortalecimento das sinapses;

  • Consolidação da memória;

  • Automatização do comportamento;

  • Ativação do sistema de recompensa.


O hábito funciona como um ciclo no cérebro do ser humano: Gatilho → Rotina → Recompensa. E os profissionais da saúde podem usar esse mecanismo do cérebro a seu favor para estimular hábitos que gostaríamos que o paciente incluísse na rotina. Por exemplo: deixar a roupa de academia separada antes mesmo de ir dormir, para não ter desculpas para desistir ou, após o treino, tomar uma água de coco no parque; seu cérebro vai entender isso como uma recompensa e vai pedir por mais.


Vícios e Comportamentos Compulsivos


  • Busca de experiência gratificante;

  • Repetição da experiência;

  • Queda do prazer por ausência da substância;

  • Mal-estar;

  • Desespero;

  • Consumo e alívio;

  • Redução do mal-estar;

  • Recuperação do equilíbrio.


Dica de leitura

  • O poder do hábito (Charles Duhigg);

  • A cientista que curou seu próprio cérebro (Jill Bolte Taylor).


Prática Clínica


É importante compreender a interação entre comportamento alimentar, neurotransmissores e neuroplasticidade é crucial. Promover hábitos saudáveis e substituir padrões negativos é essencial para o bem-estar geral do paciente.


“Faça todo o bem que puder, por todos os meios, de todas as maneiras, em todos os lugares, a todo momento, a todas as pessoas, enquanto você puder.

Isso é grandeza!”


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Referências Bibliográficas


Tanaka T, Nishimura F, Kakiuchi C, Kasai K, Kimura M, Haruno M. Interactive effects of OXTR and GAD1 on envy-associated behaviors and neural responses. PLoS One. 2019 Jan 11;14(1):e0210493. doi: 10.1371/journal.pone.0210493. PMID: 30633779; PMCID: PMC6329522.

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