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  • Foto do escritorKcal da Science Play

Pirâmide de Salles

A relação entre a forma e a função é fundamental para uma execução eficiente e sustentável de exercícios físicos. Além disso, alinhar as expectativas com o esforço necessário pode ser desafiador, envolvendo aspectos como motivação, comprometimento e consistência. No que diz respeito às expectativas, uma série de fatores fisiológicos e genéticos entram em jogo, incluindo a capacidade física, o histórico de treinamento, a resistência metabólica, os hábitos de saúde e as condições nutricionais.


O esforço é influenciado por diversos aspectos, como a predisposição genética, a exposição ao esporte desde a infância, a diversidade de treinamento, o histórico individual de treinamento, a orientação adequada por parte de um treinador capacitado, a saúde e os hábitos de vida, bem como as necessidades nutricionais e a suplementação.


Nesse contexto, ao planejar o treinamento, o profissional deve considerar o nível de condicionamento do atleta, classificando-o como iniciante, intermediário, avançado ou atleta de alta performance, levando em conta também os níveis de volume muscular, que nem sempre se correlacionam com a força. Diversos parâmetros devem ser avaliados, como o tempo de treinamento sem interrupção, o tempo de inatividade, a experiência prévia de treinamento e a técnica de execução dos exercícios, além dos valores de força muscular.


Técnica De Execução


A técnica de execução dos exercícios também está inserida na base da pirâmide para o controle e progressão do treinamento, representando aproximadamente 50% da carga de uma repetição máxima (1RM). O controle de fluidez, estabilidade e intensidade da carga são fundamentais, assim como a definição da zona-alvo de RM e a percepção subjetiva de esforço. 


Por outro lado, o volume de treinamento, expresso pelo número total de séries semanais, está diretamente relacionado aos ganhos musculares, porém não existe um número ideal de séries, sendo o treinamento individualizado essencial. A progressão de volume deve ser gradual e avaliada continuamente, considerando não apenas as séries, mas também as variações de exercícios.


Diversas variações de métodos podem ser empregadas, incluindo técnicas de falha, repetições parciais e pirâmides, dropsets e rest-pause, porém é fundamental que iniciantes priorizem a técnica de execução antes de aumentar a carga e o volume de treinamento. A progressão gradual é essencial para evitar lesões e o platô de progresso, sendo necessário um período de adaptação ao alterar o estímulo muscular. Os marcadores de degradação muscular, como a creatinocinase (CK) e a desidrogenase lática (DHL), são importantes para a avaliação do processo inflamatório e do estresse metabólico associado ao treinamento.


Em resumo, a Pirâmide Salles-Muzy destaca a importância da progressão gradual e da individualização do treinamento, levando em consideração o condicionamento físico, as metas pessoais e as limitações de cada indivíduo. Além disso, ressalta a necessidade de incluir momentos de recuperação e descanso na rotina de exercícios, para evitar o overtraining e promover a recuperação adequada dos tecidos musculares. 


A monitorização constante do treinamento, aliada a uma equipe multidisciplinar, é essencial para garantir uma progressão adequada e prevenir lesões. O progresso deve ser individualizado, com ajustes na carga e nas séries de acordo com a zona de repetições desejada. Para atletas avançados, sistemas e métodos mais complexos podem ser empregados, porém é fundamental o acompanhamento por profissionais capacitados e conscientes das particularidades de cada indivíduo.


Prática Clínica


Na prática clínica do profissional de educação física, a relação entre forma e função desempenha um papel fundamental na execução eficiente e sustentável dos exercícios físicos. Além disso, alinhar as expectativas dos clientes com o esforço necessário requer considerações complexas, incluindo motivação, comprometimento e consistência. Ao planejar o treinamento, é essencial avaliar o nível de condicionamento do atleta, seu histórico de treinamento e fatores genéticos, adaptando o programa de acordo com suas necessidades individuais. A técnica de execução dos exercícios, o volume de treinamento e a progressão gradual são elementos-chave para alcançar resultados eficazes, enquanto a monitorização constante e o ajuste personalizado garantem uma evolução segura e sustentável.


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Sugestão de estudo: Hipertrofia




Referências Bibliográficas


PETERSON, Mark D.; RHEA, Matthew R.; ALVAR, Brent A.. Applications of the Dose-Response for Muscular Strength Development: a review of meta-analytic efficacy and reliability for designing training prescription. The Journal Of Strength And Conditioning Research, [S.L.], v. 19, n. 4, p. 950, 2005. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health).

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