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  • Foto do escritorKcal da Science Play

Quando o COVID-19 Não Acaba: A Luta dos Pacientes com COVID Longa

A persistência e os efeitos de longo prazo da COVID-19 têm surgido como uma preocupação significativa na comunidade médica e científica. Apesar de inicialmente considerada uma doença aguda de curso breve, uma parcela substancial da população afetada pelo vírus experimenta sintomas prolongados e complicações que se estendem muito além do período de infecção aguda. Esta condição, conhecida como "COVID longa", é caracterizada por uma variedade de disfunções orgânicas e sintomas persistentes que podem durar meses ou até mesmo anos após a infecção inicial.


Sintomas e Gravidade


Um aspecto notável da COVID longa é sua prevalência entre indivíduos que inicialmente tiveram uma forma leve da doença aguda. Embora muitas vezes associada a casos graves, a maioria dos casos de COVID longa tem sido observada em pacientes que inicialmente tiveram sintomas leves durante a fase aguda da infecção. Isso sugere que a gravidade da infecção inicial não é um preditor confiável da probabilidade de desenvolver COVID longa.


Os sintomas da COVID longa são diversificados e podem afetar uma variedade de sistemas de órgãos. Mais de 70% dos pacientes com COVID longa apresentam danos em órgãos, e a recuperação prolongada pode durar até 35 semanas, afetando em média 9 sistemas de órgãos.


Entre os sintomas persistentes relatados após a fase aguda da infecção ou mesmo após a vacinação, destacam-se a fadiga, mal-estar pós-esforço e disfunção cognitiva. A incidência de recaídas é alarmante, afetando cerca de 86% dos participantes de estudos, muitas vezes desencadeadas por atividades físicas, mentais ou estresse.


Comorbidades Associadas à COVID-19


A COVID longa também está associada a uma variedade de problemas de saúde, incluindo lesões gastrointestinais e inflamação intestinal, potencialmente causadas pela proteína spike do vírus. A presença dessa proteína pode contribuir para uma resposta inflamatória exacerbada e disfunção de vários sistemas de órgãos, aumentando a gravidade da doença em alguns pacientes.


Subdiagnóstico


É preocupante notar que muitos casos de COVID longa permanecem subdiagnosticados e subtratados, devido à falta de investigação sistemática por parte dos profissionais de saúde. O diagnóstico preciso e o manejo eficaz desses casos exigem uma abordagem holística que leve em consideração não apenas os sintomas imediatos, mas também os possíveis impactos a longo prazo na saúde e no bem-estar dos pacientes.


A proteína S, também conhecida como Spike, é uma estrutura fundamental na superfície do vírus SARS-CoV-2, permitindo sua ligação e entrada nas células humanas através do receptor ACE2. Além disso, desempenha um papel na indução de resposta inflamatória e disfunção em diversos sistemas de órgãos, potencialmente contribuindo para a gravidade da COVID-19. Estudos sugerem que sua presença pode estar associada a efeitos neurológicos e cognitivos a longo prazo, como problemas de memória e disfunção cognitiva em pacientes recuperados.


Mimetismo Molecular


O mimetismo molecular é um fenômeno no qual substâncias com estrutura semelhante a moléculas endógenas interagem com receptores celulares ou proteínas de maneira similar. No contexto da COVID-19, isso está relacionado à evasão do sistema imunológico, à infecção celular, à resposta imunológica e ao desenvolvimento de terapias.


Suplementação


  • Bromelina: 500mg 1x/dia

  • Nattokinase: 2000 FU 2x/dia

  • Cúrcuma: 500mg 2x/dia 

  • N-Acetil-Cisteína

  • Glutationa

  • Apigenina

  • Quercetina


Prática Clínica


Em suma, a COVID longa representa um desafio clínico significativo, exigindo uma abordagem multidisciplinar e uma maior conscientização sobre seus sintomas persistentes e potenciais complicações. O reconhecimento precoce e a intervenção adequada são essenciais para garantir uma recuperação completa e minimizar o impacto debilitante dessa condição prolongada.


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